segunda-feira, 25 de junho de 2007

Guilda – A peça

(Cena da peça: "Guilda", de Bertho Filho. De 20 de Junho a 26 de Julho, no Cabaré dos Novos, do Teatro Vila Velha. Quartas e Quintas, às 20h:00. Ingresso: R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia).

(Marcelo Sousa: Prêmio Braskem de Teatro 2006 - Categoria Revelação, pela Direção de "Guilda"

(Marcelo Sousa pronto para atuar como ator em: "Guilda")


Dirigida por Marcelo Sousa Brito “Guilda” e concebida a partir da dinâmica do movimento, surge da necessidade de tirar os próprios corpos dos atores de seus espaços comuns, trabalhando o conceito de hibridismo. Somos homens? Somos mulheres? O que é ser impuro sem ser dissonante? Como visualizar uma outra estética? Como ser dois, três, quatro em um só?
Somando uma série de percepções guiadas pelo texto do autor baiano Bertho Filho, a peça é resultado de uma pesquisa iniciada, no período em que o diretor viveu na França, onde estudou Performance e Teatro de Rua, na Universidade de Paris III, Sorbonne Nouvelle (2002/2003). Neste período, o artista se aprofundou no estudo das técnicas sobre o corpo híbrido, além de estudos de textos escritos por pensadores como Antonin Artaud, Tadeuz Kantor, Jean Genet, Michel Foucault, Georges Bataille, André Gide, Gaston Bachelard e Merleau-Ponty.
Guilda não pretende levantar bandeiras sobre sexualidade, expor o corpo pelo corpo, o estranho pelo estranho, mas visa olhar sem preconceitos a arte que transforma estéticas, que se apropria da energia criativa do artista, permitindo que várias influências atuem na dinâmica formal das coisas.
Como uma grande provocação o texto de Bertho Filho reúne num mesmo espaço criaturas dispostas a tudo para vencer um concurso de beleza. O texto é um híbrido dos estilos besteirol e teatro do absurdo, abrindo espaço para discutir temas que nos formam como nossa sexualidade, onde a indefinição, a marginalização, o choque, a imaginação, a pluralidade, estão sempre presentes bem como em nossa realidade cultural.
Seja no corpo sem órgãos (uma conquista ritualística) ou no corpo tecnificado (uma conquista de direito), o corpo híbrido é a forma de chegar até os dois conceitos de uma forma mais plena, através da arte de entender o corpo-objeto.
O figurino de Guilda é inspirado na alta-costura, trazendo o luxo das passarelas ao palco do teatro. O diferencial é que o estilista Silverino Oju utiliza materiais como ataduras e gaze para a construção desses modelos. Um desafio no questionamento do pode ser chique, o que é ser chique, para isso elegeu a atadura como matéria prima para a confecção dos figurinos moldados nos corpos dos atores.
Os sapatos são assinados pelo designer brasileiro Fernando Pires, que se encantou com o projeto e desenvolveu modelitos exclusivos para o espetáculo.



Dia e Local


De 20 de Junho a 26 de Julho, no Cabaré dos Novos, do Teatro Vila Velha. Quartas e Quintas, sempre às 20h:00. Ingresso: R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia).



Guilda – Ficha Técnica



Texto: Bertho Filho

Direção: Marcelo Sousa Brito [Prêmio Braskem de Teatro 2006 - Categoria Revelação, pela Direção de Guilda]

Assistente de Direção: Tatiane Carcanholo


Elenco:

Vanessa Mello

Olga Lamas

Leonardo Luz

Jaqueline Elesbão

Xanda Fontes

Luiz Santana

Marcelo Sousa Brito


Figurino: Silverino Ojú

Sapatos: Fernando Pires

Maquiagem: Luiz Santana

Cenário: Miniusina de Criação

Iluminação: Rivaldo Rio

Coreografia: Matias Santiago

Produção: Vinícius Alves [9967-1549]


Realização: Coletivo Cruéis Tentadores.

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