terça-feira, 27 de novembro de 2007

Concurso de Dramaturgia premia professor de curso da UESB

(Avanilton Carneiro se sente recompensado em ter dado um importante passo para a Dramaturgia Baiana)
("O Porão" terá a sua Leitura Dramática no dia 15 de dezembro, às 15h:00, no Teatro II, do Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, sob a direção de Ivan Suhgahara)

Por Monik Milany


“Quem a ler não conseguirá tirá-la da mente, quem a assistir não vai esquecê-la”. De fato, a peça “O Porão”, do professor do curso livre de teatro da Uesb, Avanilton Carneiro, foi inesquecível e marcante para a comissão julgadora do Concurso Nacional de Dramaturgia: "Seleção Brasil em Cena", 2007, promovido pelo Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).
A obra integra a lista das 12 finalistas que poderá ter a peça encenada no ano de 2008. Para tanto, leituras dramatizadas das peças, dirigidas por quatro diretores cariocas, serão realizadas no próximo mês de dezembro. O elenco será composto por atores indicados pelas principais escolas de teatro do Rio de Janeiro, sendo que o público e os diretores escolherão a campeã.
Este ano, o "Brasil em Cena" recebeu 250 inscrições de todo o país. Para o professor Avanilton, único baiano a ser selecionado, estar entre os 12 finalistas é um motivo de extrema alegria, principalmente por ele não ser do eixo Rio-São Paulo, que comumente ocupa a maioria das colocações. Ele define, que este é o “reconhecimento da dramaturgia conquistense”.
Avanilton Carneiro, com mais de 30 anos de palco, faz parte do Grupo Avante Época-Teatro e é o responsável, entre outras, pela peça “Colégio Kadija”. E aos interessados por essa arte, ele avisa: está em fase de ensaio a “Parados no Trampolim”, com estréia prevista para janeiro de 2008, assim como, serão abertos testes para a peça “Vinte anos depois”.
Se você tiver oportunidade de assistir à peça, não perca! “O Porão” será dirigida por Ivan Suhgahara, no dia 15 de dezembro, às 15h:00, no Teatro 2, do CCBB, na cidade do Rio de Janeiro.
O enredo
Como duas pessoas de nomes tão correlatos poderiam ter os destinos cruzados? Essa é uma das perguntas que a peça vai tentar responder. Pã, um homem simples, que levava uma vida tranqüila, um dia, ao acordar, se depara num porão, acorrentado e prisioneiro de Erínea, uma bela e desconhecida mulher.
Sem saber qual o seu destino, o porquê de estar ali, Pã pensa ter sido confundido com algum artista famoso, empresário rico ou político. A partir de então, o personagem passa a se questionar se será solto ou vítima daquela mulher. Nesse conflito, Pã se desespera e pede socorro à platéia.




Fonte: http://www.uesb.br/ - ASSCOM-UESB

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Martin

A pré-estréia de Martin ocorre dia 08 dezembro de 2007. E a Estreia oficial em 2008, com apresentação especial no dia 15 de janeiro ( aniversário de Martin Luther King), no Espaço Cultural Tendal da Lapac, com entrada franca. No elenco do espetáculo, de Apollo Faria, tem a participação especial de Nelson Araújo.
Martin, um garotinho que vive em um bairro em Geórgia (Sul dos Estados Unidos) no final dos anos 30, encontra-se em um dilema: Acaba de receber uma terrível notícia de seu melhor amigo de vizinhança e infância. O garoto que mora em frente a sua casa e com quem sempre brincou, relata que passarão a freqüentar a escola e sendo assim não poderão mais ter amizade, pois onde eles moram as escolas para garotos brancos e negros são separadas.
Martin, pela primeira vez descobre que não é considerado igual aos outros garotos.
Sendo assim foge para o sótão de sua casa e se esconde entre livros e mais livros. O sótão serve como lugar de brincadeiras, onde um mundo a parte se abre diante do universo de livros e conhecimento.
Martin então, através dos livros, inicia uma viagem ao seu passado e de sua família, fazendo desta viagem uma análise para todos os acontecimentos que envolvem a união e guerra entre as pessoas no nosso mundo atual.

O PROJETO: A vida do grande Mártir e símbolo de luta pela justiça e igualdade, Martin Luther King, serve como inspiração para esta montagem infantil.
O mundo no qual vivemos é apresentado pelos olhos de um Martin quando criança. Como seria o Universo e suas injustiças diante dos olhos de uma criança e como isso influenciaria em sua vida futura?
Um dia fictício na vida de Martin ilustra estes questionamentos.
O núcleo de espetáculos infanto-juvenis pesquisa e trabalha novas formas de fazer teatro para crianças:
"O nosso ideal é a busca de um diferencial no universo teatral - infantil que está atualmente no mercado. Procuramos unir diversas artes em uma só: os atores da companhia estão preparados para montagens com dança, (sapateado americano, jazz, ballet clássico, moderno e contemporâneo), música, diversas linguagens teatrais e também artes-marciais".
Apollo Faria diz ainda: "O público de teatro Infanto-juvenil necessita de produções que criem mais interesse e questionamentos diante de nossa realidade atual".
Nessa busca por um trabalho autoral próprio, a Companhia une a arte à educação, sem esquecer da fantasia necessária para alcançar as crianças.
FICHA TÉCNICA: Direção Geral: Apollo Faria. Assistência de Direção: Angrei Fiel. Supervisão de Encenação: Aurélio Prates. Cenário e Figurino: Núcleo Belatriz de Teatro e Eventos. Trilha Sonora: Ana Dori. Preparação Corporal : Nelson Dias.
Belatriz - Arte e Entretenimento
(11)2214 2058 / 7315 9665

CHÁ DAS SEXTAS ESTRÉIA COM O AUTO DA CORRUPÇÃO



Estréia dia 09 de Novembro e permanece em cartaz até o mês de Dezembro, sempre às 17:00 h., na Praça das Artes, no Pelourinho, o espetáculo Auto da Corrupção, texto de Marcelo Duarte, direção de Marcos Cristiano, pelo Teatro de Rua 1º de Maio. No elenco Juliana Ribeiro, Joice Andrade, Deibson Moon-há, Adriana Maciel, Reinaldo Santos, Ed Santos, Ibsen Sena, Marcos Cristiano e Edílson Bispo


O TEXTO

Trata-se de uma comédia de costumes que tem como abordagem a prática política vigente no país, onde a compra de votos, clientelismo e balcão de votos, perpetrada pelo Dr. Caô Abrantes, tornam o ato cívico, a eleição, um negócio onde são envolvidos, de um lado, milhões de dólares e o do outro, o eleitor, o analfabeto político, em instrumento de corrupção e improbidade, manipulado pela classe política, notadamente na época que antecede as eleições, onde o voto é obrigatório.


A TEMPORADA

O projeto Chá das Sextas, idealizado pelo Teatro de Rua 1º de Maio em conjunto com a Caravana de Téspis, integrantes do Movimento de Teatro de Rua da Bahia, objetiva, além de dinamizar a Praça das Artes, no Pelourinho, proporcionar o intercâmbio entre os fazedores do teatro de rua, tornando o local uma espécie de Centro de Referência para o Teatro de Rua na cidade do Salvador, por isso, o projeto terá abertura, justamente com a estréia do espetáculo Auto da Corrupção, que fica em temporada até o final de dezembro e, concomitante, sempre as sextas-feiras, acontecem performances e aulas públicas realizadas por grupos e artistas locais, nacionais e estrangeiros, possibilitando o acesso democrático e gratuito da população à linguagem cênica das ruas.

A produção lembra que a Temporada, até a presente data, não conta com qualquer tipo de apoio público ou particular. Por isso o clássico "rodar o chapéu" será o mecanismo de produção que sustentará o espetáculo.


INFORMAÇÕES :

Marcos Cristiano – 8888 7745 – http://br.f635.mail.yahoo.com/ym/Compose?To=caravanadetespis@gmail.com

sábado, 3 de novembro de 2007

Enfim, o reconhecimento


CCBB Rio revela 12 novos autores brasileiros



O concurso Seleção Brasil em Cena 2007, promovido pelo CCBB Rio, divulga o resultado dos 12 autores finalistas que terão leituras dramatizadas de suas peças dirigidas por quatro diretores cariocas: Stella Miranda, Moacir Chaves, Gilberto Gawronski e Ivan Suhgahara. As leituras vão acontecer durante os finais de semana de dezembro, no CCBB Rio. O elenco será formado por atores indicados pelas principais escolas de teatro do Rio de Janeiro.
O Seleção Brasil em Cena recebeu esse ano 250 inscrições de todo o país. Entre os finalistas, seis cariocas, dois mineiros, um potiguar, um baiano e dois paulistas. O juri do concurso formado por João Coelho, Sérgio Fonta, Sérgio Coelho, Marcos Henrique e Roberto Guimarães. O juri do concurso identificou duas curiosidades: quase todos os finalistas moram no eixo Rio-São Paulo e dos 12 autores selecionados, três deles são atores do mercado teatral carioca.


Lista Oficial de finalistas do Seleção Brasil em Cena 2007:

1. URUBUS - Cristiano Gualda
2. ÁGUAS DE OXALÁ - Raimundo Alberto
3. A VINDA DE SHAKESPEARE - Joseli Ernesto Ceschim
4. E NO MEIO DE TUDO HAVIA A FOLIA - Walner Danziger
5. MALANDRAGEM FACINHA EM TRÊS TEMPOS - Angélica Coutinho, Denise Barreto e Patrícia D'Abreu
6. TRUQUE COM ESPELHOS - Flavio Celio Goldman
7. QUATRO FACES DO AMOR - Eduardo Bakr
8. HAPPY HOUR - Carlos Pesce Thiré, Eduardo Leonel Albergaria
9. É SAMBA NA VEIA. É CANDEIA - Eduardo Ceschin Rieche
10. PEÇA POR PEÇA – Leandro Muniz
11. BAGAGEM OU MEMÓRIAS EXTRAVIADAS - Leonardo Faria Moreira
12. O PORÃO - Avanilton Carneiro


“O Porão”
Avanilton Carneiro



O texto é forte, quem o ler não consegue tirá-lo da mente, quem assistir à peça não vai conseguir esquecê-la. De repente, percebe-se que o personagem está perdido: acorrentado, preso num porão, sem saber qual o seu destino, o porquê de estar ali. Pensa ter sido confundido com algum artista famoso, empresário rico ou político. E vêm à mente duas questões: ser solto ao perceberem o engano ou, irados pelo erro, acabarem com a sua vida como forma de autopunição ou de puni-lo por ser a pessoa errada. Nesse conflito se desespera e pede socorro, mas a platéia não pode acudi-lo, passiva, alheia a sua tormenta, fica curiosa em saber o porquê também. E uma mascarada chega, desce os degraus do porão e só pelo fato de portar uma máscara levanta desconfianças. Ele ainda não sabia o nome dela: Erínea, uma deusa que perseguia os criminosos na mitologia grega. O autor lhe reserva esse arrepio inicial, porque o seu nome: Pã, significava crime, perseguição as ninfas. Como duas pessoas de nomes tão correlatos poderiam se deparar num porão? Como o destino permite que dois nomes desses se cruzem no decorrer de suas existências? Nem a própria ficção será capaz de explicar, pelo contrário, vai deixar as mentes aguçadas em justificar, oferecer caminhos para as divergências, jamais apresentar o porquê de, no meio de bilhões de habitantes no mundo, esses dois nomes tão significativos deixarem marcas tão profundas nos seus respectivos donos em momentos diferentes da vida de cada um.