O roteiro é dividido em duas partes,
começando a história em 1964, quando a Igreja Católica convoca seus fies para a
“Marcha da família com Deus pela Liberdade”, assinando em branco a procuração
para o Exército dar o Golpe Militar. Tem um corte de quatro anos. Há muito
tempo já vinha acontecendo as torturas, execuções e desaparecimentos. Um Grupo
de Terroristas surge para salvar os perseguidos pelo o Regime Militar. Para
essa logística, eles tinham que assaltar Carros Fortes e Bancos. O chefe da
célula é o Padre João: marchou para expulsar os comunistas do país. Mudou de
lado quando sobe das atrocidades cometidas pelo o Exército Brasileiro. Na mesma
Casa Paroquial, mora o Padre Sávio, fiel a ideologia da Igreja Católica e aos
Militares. Entra em confronto constantemente com Padre João. Cada qual quer
impor a sua ideologia ao outro. Padre Sávio trai e entrega às Forças Armadas, o
Padre João e o líder do Grupo Terrorista: Ananias. Será que, sob torturas, eles
vão entregar toda a célula? Seus companheiros o salvam? Para substitui Ananias,
o seu filho, Everton, de apenas treze anos, entra na linha de frente. O que uma
criança poderá fazer num Grupo Terrorista que luta contra a Ditadura Militar?
domingo, 19 de julho de 2015
O HERDEIRO DA DITADURA - ARGUMENTO
O HERDEIRO DA
DITADURA - ARGUMENTO
14 de março de
1964, um dia após o discurso do então Presidente da República, João Goulart, e
colocar cento e cinquenta mil pessoas, na Praça Central do Brasil, o Monsenhor
Mário convoca os católicos para a “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”,
para o dia em 19 de março de 1964, levando às ruas de São Paulo mais de
oitocentas mil pessoas. O Movimento se espalhou pelo o país. Foi uma espécie de
carta assinada em branco para os militares darem o Golpe Militar, na madrugada do dia 31 de março de 1964. Os tanques de guerra
invadiram o Rio de Janeiro com o povo em cima e aplaudindo. Não houve um tiro
nessa invasão, porque os adeptos de João Goulart não reagiram. No passar do
tempo, começaram as prisões, torturas, execuções, desaparecimentos,
perseguições. Muita gente sendo deportada do país ou fugindo. Entre esses que
buscavam a fuga, saiam de casa com a roupa do corpo. Muitas vezes, eram
famílias inteiras. Não tinham dinheiro para saírem do país. Eis que surge o
Padre João. Marchou lado a lado com o Arcebispo Alves na “Marcha da Família com
Deus pela Liberdade” para impedir a instalação do comunismo no Brasil. Quando o
padre João fica sabendo das atrocidades praticadas pelo o Exército Brasileiro,
ele organiza uma célula como meio de angariar fundos para passagens aéreas, alimentações,
falsificações de documentos e toda a logística. Ao Padre João se une um Grupo
de Terroristas, liderado por Ananias, que assaltava carros fortes e bancos para
sustentarem a célula.
Na mesma Casa
Paroquial, morava o Padre Sávio, com ideologia totalmente contrária ao do Padre
João. O Padre Sávio era defensor aguerrido da Revolução de 64, assim chamava o
Golpe Militar. Inconformado com a mudança de lado do Padre João e vendo que o
porão da Casa Paroquial vivia cheio de militantes até saírem do país e vê,
quase sempre, Ananias pegar as armas soviéticas pela madrugada e voltar com
sacolas de dinheiro para sustentar a logística da célula, resolve denunciar o
esquema para o Inspetor Ivo, que se une ao Sargento Ubaldino, e prendem tanto o
Padre João como Ananias e vinte militantes que estavam escondidos no porão.
Agora, o Exército iria tortura-los e conseguir derrubar toda a célula.
O Seminarista Joaquim
consegue avisar a Ivan das prisões do Padre João e do seu irmão, Ananias. Ivan
junta os outros integrantes do Grupo: Pedro, Evanoir e Manuel. Escondem suas
famílias num sítio e vão para o Ferro Velho São Roque, onde funciona outra
célula, chefiado por Reginaldo, providenciarem as documentações para tirarem
seus familiares do país. Enquanto isso, o Sargento Ubaldino vai à casa de
Ananias e não encontra seus familiares. Abdias, um vizinho, fala que eles devem
ter ido para o sítio. Wanda, criança, está à janela da casa do sítio quando vê
o Sargento Ubaldino chegar acompanhado de nove soldados do Exército. Só
Everton, treze anos, e Lindara. Esposa e filho de Ananias, sabiam atirar. Os
demais escondem no terceiro quarto. Enquanto mãe e filho esperam a aproximação
dos militares para abrirem fogo, passa alguns flashbacks mostrando Ananias
praticando tiro com seu filho. Este mostra ser excelente atirador. Na troca de
tiros, Everton mata oito soldados, incluindo o Sargento Ubaldino, sua mãe mata
dois, mas é ferida. Everton a leva para o Ferro Velho em busca de um médico.
Não tem jeito: ela morre.
No Quartel da
Revolução, Ananias é torturado pelo o Tenente Wagner Laranjeiras. Recebe choque
elétrico, oitenta chicotadas, têm os dois testículos estourados com um alicate
e os dois pés serrados. Resiste todas as dores e não entrega seus camaradas.
Raivoso diante da derrota frente a Ananias, caso que nunca tinha acontecido, o
militar executa-o. O Arcebispo Alves consegue, junto ao General Aldir, a não
tortura do Padre João e enviá-lo para Itália onde viveria enclausurado.
Ivan e os demais
descartam a possibilidade de Everton participar do assalto a um carro forte na
madrugada seguinte. Não o aceitam substituir o pai por ser ainda uma criança e
decidem enviá-lo para fora do país junto com os demais familiares. No decorrer
do assalto, os seguranças são rendidos e colocados no meio do asfalto com as
mãos nas nucas. Vacilam e dão as costas para os seguranças enquanto apanham as
sacolas de dinheiro. Cada segurança tinha uma pistola num coldre da perna
direito. Aproveitam o vacilo dos terroristas e apontam suas armas para pegá-los
de costas. Mas, o que se ouve é uma rajada de AK 47. Everton tinha acabado de
salvar o Grupo. Estava no bagageiro do carro ainda com o fuzil apontado. Assim,
ele consegue a vaga do pai e passa a participar de outros assaltos. Mata o
Inspetor Ivo e o Padre Sávio.
Em um dos assaltos, o
carro forte freia, atravessa na pista, o carro dos terroristas também fica
atravessado na pista. Os seguranças são rápidos e disparam suas metralhadoras.
Matam Evanoir e Pedro. Ivan, Everton e Manuel saem do carro e começam a troca
de tiros. Everton acerta o pé de um dos seguranças que estava no fundo do carro
forte, quando este cai, recebe um tiro na testa. O outro segurança expõe à
metralhadora e dispara. Everton acerta-lhe o braço. A arma cai no chão. Everton
vai ao seu encontro e antes que o segurança saque o seu revólver, Everton o
mata. Vai por trás e mata os outros dois seguranças que estava na frente do
carro forte, quando ouve a voz de prisão vinda de trás proferida pelo o Tenente
Itamar, que manda os seus dois pelotões matarem Ivan e Manuel. Só Everton fica
vivo. Vai justamente para o Quartel onde o seu pai ainda está sendo torturado.
Ele ouve os gritos e o Tenente Alvino fala que é um pouco que não quer
confessar. Na segunda sala de tortura, o Tenente da Silva, também, evita
torturar Everton. Foi à primeira criança a chegar a suas mãos. Ouvem-se um
tiro. Everton pergunta o porquê do tiro. O oficial responde que um campeão
acabou de morrer. Significa que não morreu durante a tortura e não confessou.
Everton vai para a terceira sala. Espera o caixão sair. Não sabe que levava o
corpo do seu pai. Só que o Tenente Wagner Laranjeiras foi garoto de rua onde
foi estuprado. Detesta vê uma criança sofrer. Escondido de todos, coloca
Everton no bagageiro do seu carro e o leva para um Orfanato, de onde o garoto
foge jurando matar quem torturou o pai dele. Se junta a Reginaldo e os dois
passam a assaltar usando o mesmo Impala Vermelho que o Grupo usava. Passam a ser
os terroristas mais procurados do país contados nos “O Herdeiro da Ditadura II
e III”.
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