segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

O que é mesmo cultura?


Obs.: Email respondendo o comentário da atriz Poliana Bicalho na matéria: "Por não ser cliente partidário, Avanilton Carneiro não recebe apoio para ir assistir a Leitura Dramática da sua peça: "O Porão", no RJ", publicada abaixo.


Poly,

Às vezes, há pessoas que, inocentemente, entra nesse meio apenas querendo lutar pelo o engrandecimento da arte, em especíico a área que atua, no nosso caso: o teatro, e desconhece o jogo sujo das entrelinhas:

a) Se a Petrobas patrocinou a Mostra de Cinema, por que houve sobra no caixa para pagar determinadas outras ações culturais? Não deveria ser tudo gasto de acordo planilhas aprovadas? Se há sobras para essas determinadas ações cultuirais, há sobras para outras coisas também;
b) Se para o Natal vem uma verba carimbada, como você mesma se expressa, por que Gildelson me fez a proposta de fazer um recibo como se eu tivesse participando do Natal e fosse ao RJ com o meu dinheiro e depois o receberia de volta? Que histórico iria colocar nesse recibo? Por acaso eu fui encaminhado no projeto como alguém que participaria do Natal? Se poderia haver tal recibo para mim, poderia também haver outros recibos como se estivessem participado do Natal. Então, mostra que a verba não é tão carimbada assim;
c) Se não teve verba para as minhas passagens e hospedagens, por que houve para uma cliente partidária do secretário?
d) Por que quando se trata de reuniões ou encontros políticos não aparecem só passagens não, mas ônibus e mais ôniubs e depois, coincidentemente, quando um pobre ou um doente busca uma passagem negam alegando que a cota do mês já foi esgotada? As hospedagens se transformam em reservas de hoteis e não se vêem saídas para tal em nenhum livro caixa de nenhum partido político;
d) Você já parou para analisar o processo pelo qual saiu o dinheiro para a gente ir a Feira de Santana na participação da II Conferência Estadual de Cultura? O porquê todo mundo recebeu 50,00 sem nenhum recibo? Por que não pegamos nenhum tipo de recibo para comprovar os gastos com alimentações complementares durante a Conferência ou mesmo com as despesas com táxis?
e) Por que membros do partido e funcionários da PMVC vencem editais? Por que os artistas contratados são todos militantes?
f) Por que, no passado, empenhos eram feitos cinco vezes o valor da atividade cultural? A exemplo da famosa Corrida do Natal.
g) Por que os candidatos recebiam dinheiro para gastar na campanha e eram orientados a não declará-lo?
A moeda não tem só cara e coroa.

Agradeço muito os parabéns, pois sei que vem do coração e tenho ciência que você se sente orgulhosa por esse grande passo do Teatro Baiano ter sido dado pelo o Teatro Conquistense, aqui mesmo, do interior, da nossa terrinha. Não passei a matéria para o meu blog por não dispor de um scane, mas ela está no Blog do Anderson.

Infelizmente, por picuinha partidária, não fui. Perdi um grande momento da nossa dramaturgia, mas ele aconteceu. Independente da minha presença ou não, de apoio de um secretário que eles lá nem sabem que existe ou não. Mas o nosso teatro, eles agora sabem que se iguala ao dos dois maiores centros culturais do país, o eixo Rio-São Paulo.

Essa não minha ida é o pecado que nós artistas temos que pagar por permetirmos aventureiros, politiqueiros de carreira, assumirem as funções que devem ser dos atistas. De esquerda ou direito, centro. Mas tem que ser um artista à frente das funções culturais, porque nós temos a sensibilidade de reconhecermos quando o momento é importante e mandamos os nossos representanrtes quando se destacam em projetos como o Seleção Brasil em Cena 2007, porque eleva não só o artista, mas à força da cultura local, o talento do Teatro do Interior Nordestino. Um bruto partidário, analfabeto cultural, não sabe qual o significado de um passo desse para o Teatro Baiano, quer apenas usar do poder para dizer "não" e ser ovacionado, no gabinete, pelos companheiros de siglas por ter prejudicado um adversário, mas o resto do país o repudiou e perguntou: "Quem é esse imbecil que não tem visão política e cultural?"
O que é mesmo cultura?
- É ser ovacionado pelos colegas partidários toda vez que você dizer não a um artista adversário partidariamente.
Outrossim, se o Secretário Municipal de Cultura pede a uma de suas assessoras para sondar ("Todavia insisto em saber os dois lados da moeda que a 'imparcialidade' da mídia teria condição de trazer a tona".) o que eu teria que a mídia poderia trazer à tona é porque ele está preocupado, com medo que eu tenha algo além dos itens citados acima. A carta que um bom jogador a guarda na manga só é jogada à mesa em momentos decisivos como um horário político.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Por não ser cliente partidário, Avanilton Carneiro não recebe apoio para ir assistir a Leitura Dramática da sua peça: "O Porão", no RJ



Email enviado ao diretor da peça: "O Porão" justificando a não ida à Leitura Dramática, no Teatro II, CCBB, Rio de janeiro, no próximo dia 15, às 15h:00.


Caro Ivan Sugahara,

Moro numa cidade proviciana culturalmente. Só de melhor ator, foram oito prêmios trazidos para essa Vitória da Conquista, terra de Glauber Rocha e do meu coração. Venci ou fiquei entre os três primeiros colocados em alguns festivais de teatro. Por quatro vezes consecutivas fui eleito delegado para representar a Bahia em congessos nacionais de teatro. Já venci seis editais à nivel estadual e três, nacional. Agora, fui o único Nordestino a ter uma das minhas quarenta e um peças ("O Porão") selecionada no Concurso "Seleção Brasil em Cena". E não vou poder participar desse passo mais importante que a Dramaturgia Conquistense deu, simplesmente porque não sou cliente partidário do prefeito. É lamentável saber que, dos cantores que virão participar dos festejos natalinos, o valor mais baixo, só com passagens áreas, vai ficar em torno de 3.200,00 pagos à vista. Fora hospedagens e chacês. Só solicitei duas passagens, ida e volta, de ônibus, e R$ 250,00 para hospedagens e alimentação pelos os dois dias que eu ficaria na Cidade Maravilhosa. Me foram negados alegando que o débito com a agência de turismo não havia sido quitado então a mesma suspendeu o fornecimento de passagens. Enquanto o valor para as despesas, fariam um empenho sem previsão de recebimento (Há artistas, da cidade, que cantaram em maio, no Micareta, e até hoje não receberam). Estou passando apertos financieros por conta de uma aposentadoria por invalidez que o Estado nunca pública e enquanto isso reduziu o meu salário em mais de 60%. Por isso, não posso arcar com tais despesas nessa ida ao Rio de Janeiro para aventurar receber ou não. Outras aposentadorias que têm pistolões do mesmo partido do Governador já foram publicadas mesmo tendo dado entrada posterior a minha.
Após o Secretário Municipal de Cultura me negar as passagens, uma colega, da dança, as conseguiu para São Paulo apenas para participar, por um dia, de uma oficina com alguém que vem da Itália. Ela é cliente partidária do prefeito.
Recentemente, 15 de outubro, atores da minha peça: "Colégio Kadija" foram impedidos de distribuírem panfletos divulgando-a durante um churrasco em homenagem aos professores, bem como os seus cartazes não foram autorizados a serem afixados nas escolas estaduais. Mas, o maior absurdo, foi eu ter que suspender a peça e estou preparando novo elenco, porque cinco atrizes, por ironia do destino, eram filhas de diretoras de escolas públicas e a peça critica justamente os benefícios que o Governador deixa de fazer pela a caótica Educação Baiana que ocupa o vergonhoso 26º lugar no Ranque Nacional.
Jamais imaginava ser censurado por essa "esquerda" que tão heroicamente lutou para derrubar a censura quando era oposição. E eu deu a minha contribuição. Quantos muros eu pichei: "Abaixo a Censura"? De quantas passeatas eu participei? Aqui e em Salvador? Pelo Fim da Censura e pelas Diretas Já?
Infelizmente, não vou poder assistir a Leitura Dramática da peça: "O Porão", de minha autoria, no próximo dia 15, às 15h:00, no Teatro II, do CCBB, RJ, sob sua direção. Desejo-lhe um ótimo trabalho e dê merda aos atores por mim. Percebe-se o porquê Glauber Rocha deixou essa cidade logo cedo e nunca ligou em divulgá-la, pois sabia que jamais encontraria apoio para se tornar o Glabuer Rocha vivendo sob essa política mesquinha e cega que faz de tudo para enterrar os talentos que não são clientes partidários dos prefeitos.
Hoje, um bando de oportunistas vivem usando o nome de Glauber para conseguir aprovar projetos como a última Mostra de Cinema Conquista. Eu só não consegui entender como que o Secretário Municipal de Cultura, Gildelson Felício, me justificou de que alguns gastos com os Festejos Natalinos ficariam por conta de uma sobra da referida Mostra. Pensei que a Petrobas só aprovava verbas que tivessem gastos comprovados e previamente estabelecidos em planilhas. Faltar dinheiro nos projetos é comum. Mas, sobrar? Desviar tais sobras para outros fins? O Brasil já sabe o que é isso.
Recentemente, o Secretário Municipal de Cultura, Gildelson Felício, pediu para que eu não desse "pau" nele na imprensa, por eu ser seu amigo, referindo-se quando eu respondi a uma pergunta de um repórter e a concluir falando que a Secretaria Municipal de Cultura só servia como cabide de empregos, atender aos clientes partidários e fazer caixinha para os partidos políticos. Disse-lhe que não podia deixar de denuciar tais arbitrariedades, mas como amigo eu escondia coisas mais graves tal a que ocultei, no auge do Mensalão, que eu poderia tê-lo denunciado que, em 2000, quando saí candidato a vereador pela sigla em que ele era o presidente, eu e todos os demais vinte e seis candidatos, recebemos, das mãos dele e do Deputado Walter Pinheiro, no então comitê do então candidato a vereador Genivan, na Av. Lauro de Freitas, uma certa quantia para gastos emergiciais e pediram para a gente não prestar contas: era o Caixa Dois. O protegi, mas ele não foi digno de viabilizar a minha ida ao Rio de Janeiro para participar desse momento histórico para a Dramaturgia Conquistense, exclusivamente por eu não ser mais cliente partidário do prefeito dele.

Atenciosamente,

Avanilton Carneiro

sábado, 1 de dezembro de 2007

Avanilton Carneiro encaminha sugestões ao FAZ CULTURA e ao FUNDO DE CULTURA

(Célia Santos, Avanilton Carneiro e Stone. Representantes do Teatro Conquistense)


Valorizo a idéia de buscar, junto às classes culturais, idéias para melhorar o Fundo de Cultura e o FAZ CULTURA. Lembrando que houve muitos encaminhamentos referentes nas Conferências. Será que não vão ser aproveitados?



a) Antes de tudo, a cultura do interior não pode ficar de fora do projeto: “Sua nota é uma show”. Por que só o futebol tem essa regalia? Muitos artistas passariam a sobreviver no próprio interior se houvesse uma territorização desse projeto. Poderiam começar com as grandes cidades: Vitória da Conquista, Feira de Santana, Jequié, Itabuna, Ilhéus, Juazeiro etc. Após certo tempo estenderiam para todas as demais cidades. Não vejo mais o porquê de excluir a cultura do interior desse projeto. Incluir a cultura do interior no “Sua nota é um show” é exercer cidadania. Deixá-lo de fora é discriminação social;



b) Tanto o FAZ CULTURA como O FUNDO DE CULTURA têm que ser territorizados proporcionalmente. Essa sugestão, eu a encaminhei durante as Conferências: municipal, territorial e estadual. Em ambas as esferas foram aprovadas. Mostra que os artistas do interior baiano querem esse processo imediato para assegurar a participação do interior, proporcionalmente, nesses programas;



c) Um fator importante que sugerir no workshop dos editais e foi aceito por aclamação pela platéia, mas acho que a técnica não fez nenhum encaminhamento, refere-se à descentralização da entrega dos projetos do FAZCULTURA. Para um artista entregar o seu projeto, ele tem que se deslocar do interior até a secretária competente EXCLUSIVAMENTE para protocolá-lo. Um desrespeito ao artista do interior que mesmo na incerteza de captar os recursos ou não já entra gastando com despesas de hospedagens, passagens, táxis, alimentação etc. Deveriam, como sugerir, usar os centros regionais de cultura para tais recebimento e protocolos. Seria o caso de treinar um funcionário. Suponhamos, o artista de Condeúba não precisaria se deslocar até Salvador, encurtaria sua viagem até Guanambi ou Vitória da Conquista. Alertei ainda de que se a Secretaria da Fazenda se opusesse por se tratar de secretarias distintas, colocariam as Delegacias da Receita Estadual para exercer tais funções. Seria até melhor porque há mais Delegacias Regionais de Receita Estadual do que Centros Culturais no interior do Estado. Prática como essa, evitaria fatos como os que me ocorreram:


c.a) Por falta de verba para tais despesas a Salvador, deixei de protocolar, em 2007, três projetos no FAZ CULTURA:


c.a.a) “Ribalta – O Informativo do Teatro Baiano”;


c.a.b) “Parados no Trampolim”, de Avanilton Carneiro, montagem teatral;


c.a.c) “Publicação Independente”.


c.b) Enviei o projeto: “Teatro na Sala de Aula” ao Fundo Estadula de Cultura e até hoje não recebi nenhum comunicado se foi aprovado ou se foi recusado.



d) Desburocratizar ambos os programas. Não adianta discurso bonito culpando o Governo passado de que poucas entidades culturais e poucos artistas do interior participaram, que os recursos se centralizaram nas mãos de poucos da capital. O que elimina a participação do interior é a burocratização. O Deputado Waldenor Pereira, nas aberturas das conferências Muncipal e Teritorial fez tal discurso culpando oGovernopassado, mas se esqueceu de assumir a verdadeira culpa, porque ele foi um dos deputados que aprovaram a Lei Burocrática do FAZ CULTURA e que eliminou à queima roupa praticamente todo artista do interior. Vamos supor, o Grupo Avante Época-Teatro, completou 35 anos, em 2007. Ficou de fora de um edital que teve sua inscrição prorrogada por falta de inscrições: “Manutenção de entidades Culturais” apenas por um item: Reconhecimento de Utilidade Pública Estadual. Pra que isso, se a entidade atua no âmbito municipal? Ambos os programas são discriminatórios, seletistas, continuam beneficiando apenas a elite da cultura baiana. O interior vai continuar a ficar de fora, porque não atende as exigências burocráticas. Fazer arte não é se burocratizar, mas expressar a beleza oculta dos sentimentos sensíveis. São mais papeis do que projetos, do que a própria arte em si. Há de se lembrar de que o artista do interior não tem dinheiro para se burocratizar, de que nas suas respectivas cidades não têm nem como ele se burocratizar. Então, como exigir tantos detalhes desnecessários? Aposto de que a estatística, em 2007, não foi tão diferente da dos anos anteriores justamente por causa da burocracia de que esses programas exigem.
e) Promover encontros com o interior para um estudo de como desburocratizar esses programas para dar oportunidade a todos participarem;
f) Determinar de que a cidade só entraria na territorização do FAZ CULTURA e Fundo de Cultura mediante a criação do FAZ CULTURA MUNICIPAL fundamentado no ISS de cada Município. Assim, as prefeituras seriam obrigadas a criarem suas respectivas leis municipais de incentivo à cultura as quais tanto resistem e vêm prejudicando a cultura local.
g) Divulgar, assim como faz com o FAZ CULTURA, todo o projeto recebido no FUNDO ESTADUAL DE CULTURA, bem como, os respectivos projetos contemplados e os recusados para o artista do interior acompanhar os rumos dos seus projetos.
h) Por último, seria a questão mais polêmica, porém, a Cultura Baiana, daria um salto: Determinar, através de lei ou portaria, a obrigatoriedade do empresário em aplicar, no FAZ CULTURA, determinado percentual estabelecido por lei, que sua empresa teria condições de aplicar na cultura local da cidade onde atua sua sede e respectivas filiais de acordo o já estabelecido no próprio FAZ CULTURA, caso ele não aplicasse, o referido mutante iria para o Fundo Estadual de Cultura e este destinaria proporcionalmente aos respectivos Fundos Municipais de Cultura obrigando assim cada Município a criar o seu Fundo Municipal de Cultura para receber tal verba a qual só poderia ser gasta na cultural local, no ano seguinte.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Concurso de Dramaturgia premia professor de curso da UESB

(Avanilton Carneiro se sente recompensado em ter dado um importante passo para a Dramaturgia Baiana)
("O Porão" terá a sua Leitura Dramática no dia 15 de dezembro, às 15h:00, no Teatro II, do Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, sob a direção de Ivan Suhgahara)

Por Monik Milany


“Quem a ler não conseguirá tirá-la da mente, quem a assistir não vai esquecê-la”. De fato, a peça “O Porão”, do professor do curso livre de teatro da Uesb, Avanilton Carneiro, foi inesquecível e marcante para a comissão julgadora do Concurso Nacional de Dramaturgia: "Seleção Brasil em Cena", 2007, promovido pelo Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).
A obra integra a lista das 12 finalistas que poderá ter a peça encenada no ano de 2008. Para tanto, leituras dramatizadas das peças, dirigidas por quatro diretores cariocas, serão realizadas no próximo mês de dezembro. O elenco será composto por atores indicados pelas principais escolas de teatro do Rio de Janeiro, sendo que o público e os diretores escolherão a campeã.
Este ano, o "Brasil em Cena" recebeu 250 inscrições de todo o país. Para o professor Avanilton, único baiano a ser selecionado, estar entre os 12 finalistas é um motivo de extrema alegria, principalmente por ele não ser do eixo Rio-São Paulo, que comumente ocupa a maioria das colocações. Ele define, que este é o “reconhecimento da dramaturgia conquistense”.
Avanilton Carneiro, com mais de 30 anos de palco, faz parte do Grupo Avante Época-Teatro e é o responsável, entre outras, pela peça “Colégio Kadija”. E aos interessados por essa arte, ele avisa: está em fase de ensaio a “Parados no Trampolim”, com estréia prevista para janeiro de 2008, assim como, serão abertos testes para a peça “Vinte anos depois”.
Se você tiver oportunidade de assistir à peça, não perca! “O Porão” será dirigida por Ivan Suhgahara, no dia 15 de dezembro, às 15h:00, no Teatro 2, do CCBB, na cidade do Rio de Janeiro.
O enredo
Como duas pessoas de nomes tão correlatos poderiam ter os destinos cruzados? Essa é uma das perguntas que a peça vai tentar responder. Pã, um homem simples, que levava uma vida tranqüila, um dia, ao acordar, se depara num porão, acorrentado e prisioneiro de Erínea, uma bela e desconhecida mulher.
Sem saber qual o seu destino, o porquê de estar ali, Pã pensa ter sido confundido com algum artista famoso, empresário rico ou político. A partir de então, o personagem passa a se questionar se será solto ou vítima daquela mulher. Nesse conflito, Pã se desespera e pede socorro à platéia.




Fonte: http://www.uesb.br/ - ASSCOM-UESB

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Martin

A pré-estréia de Martin ocorre dia 08 dezembro de 2007. E a Estreia oficial em 2008, com apresentação especial no dia 15 de janeiro ( aniversário de Martin Luther King), no Espaço Cultural Tendal da Lapac, com entrada franca. No elenco do espetáculo, de Apollo Faria, tem a participação especial de Nelson Araújo.
Martin, um garotinho que vive em um bairro em Geórgia (Sul dos Estados Unidos) no final dos anos 30, encontra-se em um dilema: Acaba de receber uma terrível notícia de seu melhor amigo de vizinhança e infância. O garoto que mora em frente a sua casa e com quem sempre brincou, relata que passarão a freqüentar a escola e sendo assim não poderão mais ter amizade, pois onde eles moram as escolas para garotos brancos e negros são separadas.
Martin, pela primeira vez descobre que não é considerado igual aos outros garotos.
Sendo assim foge para o sótão de sua casa e se esconde entre livros e mais livros. O sótão serve como lugar de brincadeiras, onde um mundo a parte se abre diante do universo de livros e conhecimento.
Martin então, através dos livros, inicia uma viagem ao seu passado e de sua família, fazendo desta viagem uma análise para todos os acontecimentos que envolvem a união e guerra entre as pessoas no nosso mundo atual.

O PROJETO: A vida do grande Mártir e símbolo de luta pela justiça e igualdade, Martin Luther King, serve como inspiração para esta montagem infantil.
O mundo no qual vivemos é apresentado pelos olhos de um Martin quando criança. Como seria o Universo e suas injustiças diante dos olhos de uma criança e como isso influenciaria em sua vida futura?
Um dia fictício na vida de Martin ilustra estes questionamentos.
O núcleo de espetáculos infanto-juvenis pesquisa e trabalha novas formas de fazer teatro para crianças:
"O nosso ideal é a busca de um diferencial no universo teatral - infantil que está atualmente no mercado. Procuramos unir diversas artes em uma só: os atores da companhia estão preparados para montagens com dança, (sapateado americano, jazz, ballet clássico, moderno e contemporâneo), música, diversas linguagens teatrais e também artes-marciais".
Apollo Faria diz ainda: "O público de teatro Infanto-juvenil necessita de produções que criem mais interesse e questionamentos diante de nossa realidade atual".
Nessa busca por um trabalho autoral próprio, a Companhia une a arte à educação, sem esquecer da fantasia necessária para alcançar as crianças.
FICHA TÉCNICA: Direção Geral: Apollo Faria. Assistência de Direção: Angrei Fiel. Supervisão de Encenação: Aurélio Prates. Cenário e Figurino: Núcleo Belatriz de Teatro e Eventos. Trilha Sonora: Ana Dori. Preparação Corporal : Nelson Dias.
Belatriz - Arte e Entretenimento
(11)2214 2058 / 7315 9665

CHÁ DAS SEXTAS ESTRÉIA COM O AUTO DA CORRUPÇÃO



Estréia dia 09 de Novembro e permanece em cartaz até o mês de Dezembro, sempre às 17:00 h., na Praça das Artes, no Pelourinho, o espetáculo Auto da Corrupção, texto de Marcelo Duarte, direção de Marcos Cristiano, pelo Teatro de Rua 1º de Maio. No elenco Juliana Ribeiro, Joice Andrade, Deibson Moon-há, Adriana Maciel, Reinaldo Santos, Ed Santos, Ibsen Sena, Marcos Cristiano e Edílson Bispo


O TEXTO

Trata-se de uma comédia de costumes que tem como abordagem a prática política vigente no país, onde a compra de votos, clientelismo e balcão de votos, perpetrada pelo Dr. Caô Abrantes, tornam o ato cívico, a eleição, um negócio onde são envolvidos, de um lado, milhões de dólares e o do outro, o eleitor, o analfabeto político, em instrumento de corrupção e improbidade, manipulado pela classe política, notadamente na época que antecede as eleições, onde o voto é obrigatório.


A TEMPORADA

O projeto Chá das Sextas, idealizado pelo Teatro de Rua 1º de Maio em conjunto com a Caravana de Téspis, integrantes do Movimento de Teatro de Rua da Bahia, objetiva, além de dinamizar a Praça das Artes, no Pelourinho, proporcionar o intercâmbio entre os fazedores do teatro de rua, tornando o local uma espécie de Centro de Referência para o Teatro de Rua na cidade do Salvador, por isso, o projeto terá abertura, justamente com a estréia do espetáculo Auto da Corrupção, que fica em temporada até o final de dezembro e, concomitante, sempre as sextas-feiras, acontecem performances e aulas públicas realizadas por grupos e artistas locais, nacionais e estrangeiros, possibilitando o acesso democrático e gratuito da população à linguagem cênica das ruas.

A produção lembra que a Temporada, até a presente data, não conta com qualquer tipo de apoio público ou particular. Por isso o clássico "rodar o chapéu" será o mecanismo de produção que sustentará o espetáculo.


INFORMAÇÕES :

Marcos Cristiano – 8888 7745 – http://br.f635.mail.yahoo.com/ym/Compose?To=caravanadetespis@gmail.com

sábado, 3 de novembro de 2007

Enfim, o reconhecimento


CCBB Rio revela 12 novos autores brasileiros



O concurso Seleção Brasil em Cena 2007, promovido pelo CCBB Rio, divulga o resultado dos 12 autores finalistas que terão leituras dramatizadas de suas peças dirigidas por quatro diretores cariocas: Stella Miranda, Moacir Chaves, Gilberto Gawronski e Ivan Suhgahara. As leituras vão acontecer durante os finais de semana de dezembro, no CCBB Rio. O elenco será formado por atores indicados pelas principais escolas de teatro do Rio de Janeiro.
O Seleção Brasil em Cena recebeu esse ano 250 inscrições de todo o país. Entre os finalistas, seis cariocas, dois mineiros, um potiguar, um baiano e dois paulistas. O juri do concurso formado por João Coelho, Sérgio Fonta, Sérgio Coelho, Marcos Henrique e Roberto Guimarães. O juri do concurso identificou duas curiosidades: quase todos os finalistas moram no eixo Rio-São Paulo e dos 12 autores selecionados, três deles são atores do mercado teatral carioca.


Lista Oficial de finalistas do Seleção Brasil em Cena 2007:

1. URUBUS - Cristiano Gualda
2. ÁGUAS DE OXALÁ - Raimundo Alberto
3. A VINDA DE SHAKESPEARE - Joseli Ernesto Ceschim
4. E NO MEIO DE TUDO HAVIA A FOLIA - Walner Danziger
5. MALANDRAGEM FACINHA EM TRÊS TEMPOS - Angélica Coutinho, Denise Barreto e Patrícia D'Abreu
6. TRUQUE COM ESPELHOS - Flavio Celio Goldman
7. QUATRO FACES DO AMOR - Eduardo Bakr
8. HAPPY HOUR - Carlos Pesce Thiré, Eduardo Leonel Albergaria
9. É SAMBA NA VEIA. É CANDEIA - Eduardo Ceschin Rieche
10. PEÇA POR PEÇA – Leandro Muniz
11. BAGAGEM OU MEMÓRIAS EXTRAVIADAS - Leonardo Faria Moreira
12. O PORÃO - Avanilton Carneiro


“O Porão”
Avanilton Carneiro



O texto é forte, quem o ler não consegue tirá-lo da mente, quem assistir à peça não vai conseguir esquecê-la. De repente, percebe-se que o personagem está perdido: acorrentado, preso num porão, sem saber qual o seu destino, o porquê de estar ali. Pensa ter sido confundido com algum artista famoso, empresário rico ou político. E vêm à mente duas questões: ser solto ao perceberem o engano ou, irados pelo erro, acabarem com a sua vida como forma de autopunição ou de puni-lo por ser a pessoa errada. Nesse conflito se desespera e pede socorro, mas a platéia não pode acudi-lo, passiva, alheia a sua tormenta, fica curiosa em saber o porquê também. E uma mascarada chega, desce os degraus do porão e só pelo fato de portar uma máscara levanta desconfianças. Ele ainda não sabia o nome dela: Erínea, uma deusa que perseguia os criminosos na mitologia grega. O autor lhe reserva esse arrepio inicial, porque o seu nome: Pã, significava crime, perseguição as ninfas. Como duas pessoas de nomes tão correlatos poderiam se deparar num porão? Como o destino permite que dois nomes desses se cruzem no decorrer de suas existências? Nem a própria ficção será capaz de explicar, pelo contrário, vai deixar as mentes aguçadas em justificar, oferecer caminhos para as divergências, jamais apresentar o porquê de, no meio de bilhões de habitantes no mundo, esses dois nomes tão significativos deixarem marcas tão profundas nos seus respectivos donos em momentos diferentes da vida de cada um.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Auto da Gamela volta ao berço

"AUTO DA GAMELA" - 20 e 30 de setembro, às 20h:00, no Centro de Cultura


(Roberto de Abreu dirige o espetáculo)

(Daisy Andrade - Aquela concentração antes da maquiagem)






(Daisy Andrade pronta para entra em cena e mostrar o seu talento)











PREMIO FUNARTE DE TEATRO















Finos Trapos - CIA. CONQUISTENSE QUE É SUCESSO EM SALVADOR







ARGUMENTO DO TEXTO

No sertão baiano, de forças míticas e miseráveis, uma camponesa e seu marido esperam a chegada de um filho: Francisco, o novo Cristo, agora nascido na caatinga. Na manjedoura de sua chegada àquela terra de ninguém, a gamela. Vindo pelas mãos de santa da mulher aparadeira, o menino recebe a visita de Três Reis Magros da Caatinga que lhe presenteiam com enxada, caandieiro, alavanca, foice e viola. Dias depois o menino já sente as dores da vida levada no sertão esturricado e seco das Gerais... Seus males apelam a cura dos milagres de Nossa Senhora dos Verdes, que nada pode fazer, apelam aos conhecimento curandeiros da benzedeira da região, que nada resolve pois de todos os males o único que ela não pode curar são os males das dores da fome... E de fome morre o menino Francisco que tem seu enterro de anjo feito por seus pais e parentes embalado por incelenças, vadeios, fé e cachaça.

A CENA






Para encenar o “Auto da Gamela”, texto já admirado pela Cia há algum tempo, a Finos Trapos optou pelo Meta Teatro. Havia outras soluções, mas tentar mostrar o texto da forma mais lúdica possível só caberia se aquele drama rural fosse encenado por uma trupe de atores mambembes.
A Finos Trapos abre a cena mostrando uma troupe de comediantes nordestinos chegando em determinado vilarejo para encenar um drama, e, depois de muita discussão, decidem encenar ali mesmo, usando a alma quente da improvisação, o “Auto da Gamela”. Depois de escolherem os personagens começam a cena. Cada ator veste-se e despe-se em cena, lembrando à platéia, quase que num recurso de distanciamento Brechtiniano, a todo momento que ali se passa um drama, teatral, metafórico. Essa solução confere beleza plástica e leveza à encenação do texto que, em seu cerne, conserva um amargor denso das fatalidades sujeitas a vida do sertanejo. Encenar a peça dentro da peça permitiu criar numa metalinguagem uma segunda natureza ainda mais lúdica que a linguagem com qual a Cia Finos Trapos vem se comunicando com o seu público. Isso conferiu um frescor mágico à cena.
o "AUTO DA GAMELA " é um texto de Carlos Jeovha e Ezequias Araujo, direção de Roberto de Abreu. Encenada pela Cia. Finos Trapos que nasceu na Escola Normal e hoje todos os integrantes fizeram Escola de teatro da UFBA é um dos grupos que desponta no teatro baiano e vem lotado teatros em Salvador.






Produção local: Jeanne Marie: 88191619/30837811





APRESENTACAO:
29 E 30 DE SETEMBRO





LOCAL:
CENTRO DE CULTURA





HOR[ARIO:
20h:00

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Judite quer você no Teatro Municipal Carlos Jehovah


"Judite Quer Chorar, Mas Não Consegue!"



È o mais novo Espetáculo do Bailarino e Coreógrafo, Edu O . Que estará em Vitória da Conquista entre os dias 07,08 e 09 de Setembro, às 20h:00, no Teatro Municipal Carlos Jeovha.

A semana que antecedeu ao espetáculo, houve o workshop: "Contato Sutil", 'uma proposta de workshop de dança contemporânea e autoconhecimento', que foi ministrado pelo o mesmo nos dias 03,04,05 e 06 em dois horários, 14h:00 às 17h:00 e 18h:00 às 21h:00, no Teatro Carlos Jeovha.

No dia 01 de setembro, houve o Lançamento do Espetáculo e Workshop, com Exposição da Tese de Mestrado da Bailarina, Coreógrafa e Professora da Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Fafá Daltro, no Galeria Café dona Antonia, às 21h:00.
Esse Espetáculo conta com a produção de Poliana Bicalho, Danilo Amorim e Thiago Carvalho.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Intimidade.Com

(Renato Piaba conquistou o público baiano com seu humor)

O humorista Renato Piaba está em mais uma temporada de alegria e descontração com o espetáculo "Intimidades.Com, O Retorno", trazendo o repertório de histórias engraçadas ligadas à intimidade de cada um de nós. Como não poderia deixar de ser, Renato Piaba traz inovações com o seu repertório de piadas, fazendo o que todos gostariam de fazer, mas não o fazem por falta de coragem: "bisbilhotar a intimidade dos outros", utilizando-se inclusive, de recursos da mídia eletrônica e digital, com uma conhecida dupla de apresentadores de telejornais da Bahia, dando "verdadeiros furos" de notícias sobre a intimidade das pessoas.


Ficha Técnica: "Intimidade.com: O Retorno"

Data: 2/8/2007 a 30/9/2007

Local: Teatro ACBEU

Endereço: Av. Sete de Setembro, n° 1883

Horários: Sextas e sábados, às 21h:00 e Domingos, às 20h:00

Ingressos: Teatro Acbeu

Valor: R$60,00 (inteira) R$30,00 (meia)

Classificação: 14 anos

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Diretora da FUNCEB dá prêmio a Pessoa Física para evento que só pode ser realizado por Pessoa Jurídica de Direito Público.

(Henrique Moura, em recado deixado no meu orkut confirma: "O FITA, pelo que eu sei, é um festival competitivo sim, por que tem o prêmio: "Lázaro Ramos". Então quem ganha que leva o premio pra casa!"
(Alegam que a RMTA-BA não está devidamente regularizada, então sua representante concorreu como pessoa física para um evento que só pode concorrer como pessoa jurídica: o IV FITA, porque entre outras coisas, ele é um Festival de Teatro competitivo.)
(A região de São Sebatião do Passé está de parabéns por sustentar, sem preconceito, o Teatro Amador da Bahia)





Antes de tudo, gostaria de alertar de que eu não estou contra o IV FITA, não tenho nada contra a colega atriz e dramaturga, Cátia Santana, pelo sobrenome deve ser parenta da proponente, por isso não analisou direito o que escrevi e me censurou. Como uma autora pode fazer uso da censura? E não tenho nada contra a proponente Iriane Santana. Pelo o contrário, parabenizo todos os 48 grupos associados a RMTA pelas realizações dos três FITAs, pela a coragem de assumirem o Teatro Amador tentando dar uma conotação de fazer o teatro por amor, coisa que muitos não entendem e levam para as questões de ser o teatro não profissional ou mesmo sem qualidade. Se recebesse o convite, com todo orgulho, participaria do IV FITA. Quer apresentando quer orientando uma oficina.




Estou indo de encontro às arbitrariedades, as violações das leis, as armações ocorridas no Prêmio Carlos Petrovich de Teatro com a conivência da FUNCEB. A Secretaria Estadual de Cultura enche a cultura de burocracia, leis, resoluções e depois não quer fazer cumprir as leis federais e sequer as estaduais. Um artigo de uma lei, de uma resolução é para ser cumprido. E é isso que eu estou tentando fazer: cumprirem as resoluções criadas por eles mesmos. Infelizmente, o centro da questão recaiu num segmento teatral que eu sempre defendi e vou morrer defendendo: o teatro amador. Mas defendo um teatro amador juridicamente organizado. Não posso aceitar uma pessoa física usar uma pessoa jurídica para suas atividades culturais, mas para concorrer usa a pessoa física. A Justiça não permite isso. Uma coisa é a prestação de contas de uma Pessoa Física outra e a prestação de contas de uma Pessoa Jurídica. Para está, tem que dar satisfações aos seus associados e ao Estado, para aquela é bem mais simples: Só ao Estado.




O artigo 4: Proponentes, da Resolução 001, de 21 de maio de 2007, no seu item: 4.3, diz: "Na realização de festivais, prêmios, concursos e similares, selecionados por edital, só serão aceitos projetos cujo proponente seja Pessoa Jurídica de Direito Público". O FITA, Fórum Intermunicipal de Teatro Amador, a ser realizado na cidade de Camaçari, provavelmente entre 27 a 30 de setembro de 2007, não podia ter concorrido ao Prêmio Carlos Petrovich de Teatro como uma pessoa física, mas, exclusivamente, como pessoa Jurídica de Direito Público. Isso devido a algumas questões de ordens jurídicas, entre elas:




a) A própria palavra "Fórum", de acordo o Dicionário Michaelis, é um sinônimo masculino que significa: "Lugar onde se exercem os debates judiciais e se trata dos negócios públicos". E a convocatória para o FITA está sendo para os Grupos de Teatro Amador. E eu tenho email de Cátia Santana explicando que só pode participar do IV FITA o grupo que realmente se enquadre na real categoria de teatro amador. Grupo de Teatro significa Pessoa Jurídica, como é amador, não pode ter fins lucrativos, logo de Direito Público. Na prática, seria uma entidade maior para representar as suas entidades menores. Como poderia ser essa entidade maior? Seria uma Federação Baiana de Teatro Amador (FBTA), ou uma Cooperativa Baiana de Teatro Amador, ou mesmo uma Associação Baiana de Teatro Amador. (Neste caso, eles criaram a RMTA, uma espécie de Rede do Teatro Amador). E as entidades pequenas seriam os grupos de teatro filiados a uma dessas siglas. No fórum iriam debater as questões judiciais pertinentes aos seus filiados, como estatutos da entidade maior, estatutos das entidades menores, ou seja: os grupos e como estas entidades menores poderiam usar a documentação da entidade maior para facilitar a vida burocrática delas? Nota-se logo que a característica do Fórum não é pessoa física, não vai debater a questão individual de cada ator ou atriz, mas das entidades que agregam esses amantes do teatro. A verba tem que ser destinada a pessoa jurídica. Seria o caso da proponente, como tem interesse em organizar o teatro amador da Bahia, ter organizado a entidade maior (RMTA) juridicamente para concorrer legalmente. Não há desculpas, porque esse é o Quarto FITA. Quatro anos são mais que suficientes para se organizar uma entidade teatral. Ou algo errado está por trás. Nota-se que a RMTA é uma entidade de peso para a região de São Sebastião do Passé. Se quem promove o FITA é a RMTA, o Prêmio Carlos Petrovich de Teatro tinha que sair para a Pessoa jurídica da RMTA. Jamais para a Pessoa Física Iriane Santana. Não sou eu quem diz isso, mas a Resolução 001, de 21 de maio de 2007, no seu artigo 04, item 4.3. Lei não se discute, cumpre-se porque ela já foi discutida, debatida, votada, aprovada e homologada. Segundo informações passadas por Cátia Santana: "são 48 grupos filiados, de vinte e seis cidades". (Estou anexado o recado de Cátia Santana a representação que farei junto ao Ministério Público para anular esse resultado, pois o recado só fez confirmar o que eu queria saber: participação de 48 grupos, de 26 cidades da Bahia). Uma pessoa física não pode representar 48 grupos. Esses 48 grupo de teatro amador, significam que são pessoas jurídicas, senhora diretora da FUNCEB. Eles só podem ser representados por uma entidade jurídica. Então o prêmio não pode ser entregue a uma pessoa física para representar uma aglomeração de entidades teatrais, para representar uma entidade, RMTA, que tem o seu estatuto, pois deve ter sido lido e aprovado nos três últimos FITAs. O motivo pelo o qual não tomaram os devidos encaminhamentos legais é que desconheço. Tempo de sobra tiveram. Se são 48 grupo e a sua entidade maior, a RMTA não está legalizada, procurassem entre os 48 grupo o que está juridicamente legal para encaminhar o projeto. O que não pode é uma pessoa está fazendo um evento assumindo o nome de uma entidade, RMTA, e buscando prêmios como pessoa física. O Estado também não pode patrocinar essa prática porque é algo como formação de quadrilha. Não fui eu quem determinou essas regras. Estou apenas informando. O ruim é que dói em quem está desorganizado juridicamente ou quer permanecer na desorganização. Aqui, na nossa região, os grupos que estão irregulares encaminham seus projetos através da Casa da Cultura.




b) Outra questão que está embutido no artigo 4, da resolução 001, de 21 de maio de 2007, no seu item 4.3, é que só pode receber o prêmio, oriundo de edital, "na realização de concursos", pessoa jurídica. E o Dicionário Michaelis diz que o significado do sinônimo masculino: concurso, entre alguns, é: "2. Afluência de pessoas ao mesmo lugar. 3. Encontro". O FITA vai ser um encontro de, no mínimo, 48 grupos de teatro para discutirem seus interesses, ou seja: afluência de atores ao mesmo lugar. Motivo para reforçar que o prêmio para o FITA só podia ser dado se fosse a Pessoa Jurídica de Direito público.




c) Agora, vem a prova fatal que busquei junto as comunidades do FITA, no Orkut. Primeiro vamos ver mais uma vez um fragmento do artigo 4, da Resolução 001, de 21 de maio de 2007, no seu item 4.3: "Na realização de festivais, (...) selecionados por edital, só serão aceitos projetos cujo proponente seja Pessoa Jurídica de Direito Público". O FITA, promovido pela RMTA, além de oferecer oficinas, é também um Festival de Teatro, comprovado nos seguintes depoimentos extraídos nas comunidades do FITA: "Anônimo: Qual peça vc acha q merecia ganhar como melhor espetaculo no III Fita ???" (Os erros são devido a reprodução na íntegra) Vejamos a reposta de Henrique Moura: "Henrique: O cordel Do borogodel concerteza..!!!!!" (Idem) Tenho convicção que no projeto encaminhado e analisado pela a Comissão Selecionadora, instalada pela a Diretora da FUNCEB, a proponente, com toda certeza, deve ter explicado tudo isso nas: justificativas, estratégias de ação e organograma. E a Comissão Selecionadora deveria está com as resoluções nas mãos para quando lesse que tinham grupos de teatro, oficinas, uma entidade representativa RMTA, um festival competitivo de teatro e uma proponente como pessoa física, seus membros deveriam excluir o projeto do IV FITA, pois suas características são de Pessoa Jurídica de Direito Público. Não fizeram por quê? Quero acreditar que seja apenas por desconhecimentos das resoluções ou até mesmo incompetência para julgar. Para confirmar, Igor Pinto deixa o seguinte recado: "Igor Pinto: O que eu mais gostei no FITA? Esse foi incrível!!!! Eu adorei tudo desde a hospedagem até a premiação.... heheheh mas o que eu mais gostei foi me apresentar para o público lindo e de responsa que se fez presente por lá. E vc, o que mais gostou no FITA?" (IDEM) Pra nós aqui serve: "... desde a hospedagem até a premiação". Confirma mesmo que o FITA é um Festival de Teatro competitivo. Não podia concorrer ao Prêmio Carlos Petrovich como Pessoa Física.




d) Outro questionamento que eu faço, mas não tenho nenhuma prova, porque não conheço o currículo da proponente, e o SATED da Bahia não é como o de outros lugares que se a gente quer uma informação do ator, basta digitar o nome dele no site que aparece a ficha dele. Não pude pegar tais informações, mas baseado em informações de Cátia Santana, de acordo o recado deixado no meu Orkut, diz que: "a proponente é de São Sebastião do Passé, mas faz teatro em Salvador". Se ela faz teatro em Salvador, temos que averiguar se ela tem a bendita DRT. Se ela tiver a DRT não pode está à frente do Teatro Amador, principalmente uma entidade representativa e jurídica. É o profissional impedindo que os amadores participem de editais, por causa da DRT, como já houve, (Louvo o edital 03/2007, que não exigiu a DRT. Cumpriu a 8666) mesmo ferindo a Lei 8666, e, agora, tomando as entidades amadoras. Aproveitando da inexperiência de certos amadores e ocupando o espaço deles. Se ela é aluna da UFBA significa que, provavelmente tenha DRT. O certo é que está encaminhando para se profissionalizar. Então, o espaço deve ser deixado para quem realmente se caracteriza como amador.




e) E para concluir, vamos ver o significado da palavra: "Prêmio", de acordo o Dicionário Michaelis: "Distinção conferida por certos trabalhos ou por certos méritos". Cátia Santana falou que "a proponente do FITA nunca havia ganho um edital só agora foi agraciada". E eu questiono à Comissão Selecionadora, que advogou em causa própria: será que fizeram valer o real significado da palavra "prêmio" aos militantes partidários de outrora? Ou será que eu não conheço o engajamento político partidário de cada um?




Perante essas questões, senhora diretora da FUNCEB, solicito, publicamente, a anulação desse resultado do Prêmio Carlos Petrovich de Teatro e encaminhe os projetos a Comissão Permanente de Licitação da FUNCEB para que ela faça um julgamento de acordo a Lei 8666 e a Resolução 001, de 21 de maio de 007. Eu ainda acredito na tão pregada moralização do Governador Jaques Wagner, durante a campanha, e confio também na Comissão Permanente de Licitação da FUNCEB. Esta não vai advogar em causa própria de uma classe teatral engajada partidariamente.




Não poderia deixar de registrar que o Teatro Amador foi o berço da luta contra a censura e Cátia Santana, atriz e autora do Teatro Amador, me censurou no Orkut. Após eu fazer as devidas colocações, apagou os meus recados e me ignorou para não ouvir as verdades que eu estou a dizer. Censura no meio teatral? Cecear o direito de expressão de um colega do teatro, de um jornalista? Passa a me preocupar com o Teatro Amador da Bahia nas mãos de pessoas que usam da censura, que não têm a capacidade de ouvir opiniões divergentes, debater a política cultural. O Teatro Amador não é covarde para produzir autores covardes, o Teatro Amador não é ditador para produzir censura.

domingo, 19 de agosto de 2007

FUNCEB coloca o queijo na boca do rato ou o rato fez a FUNCEB refém?


O Resultado do Prêmio Carlos Petrovich de Teatro saiu e por trás dele estão questões que começaram antes de vencer o prazo para as entregas dos projetos. Exatamente no dia do workshop, em Vitória da Conquista, para ensinar a comunidade artística do Sudoeste Baiano a elaborar bem os seus respectivos projetos. A lição mais forte que saiu desse evento, oriunda da palestrante, foi que “como há um artigo que impede o funcionário público em participar, este devia fazer seu projeto e dar a outra pessoa para assiná-lo como proponente”, experiência própria da palestrante.

Uma coisa foi questionada desde o início: Por que a classe teatral “organizada” teria direito de indicar dois representantes para a Comissão Julgadora se essa própria classe tida como “organizada” tem interesse no prêmio? Isso vai de encontro a Lei 8666. A FUNCEB não conhece essa Lei? Como que o SATED, Cooperativa Baiana de Teatro e FBTA poderiam indicar julgadores se eles estavam concorrendo direta ou indiretamente? Por que os “desorganizados” não podiam ter representantes nessa comissão julgadora? E olhe que os “desorganizados” são: Grupo Avante Época-Teatro, 35 anos de existência; Casa da Cultura de Vitória da Conquista, 30 anos de existência; Grupo Lua, 25 anos e por aí vai. São grupos e artistas de 416 municípios: maioria esmagadora em relação às essas três entidades com ações restritas ao município da Salvador. Essas entidades “desorganizadas” do interior tinham interesse? Tinham. São organizadas juridicamente? São. Mas estão no interior. São excluídas. Cadê a inclusão social pregada pelo o governador Jaques Wagner? Só são “desorganizadas” perante o SATED, CBT e FBTA porque estas querem abocanhar os prêmios só para elas, seus filiados. Garantirem os votos internos nas próximas eleições ou fazer seus sucessores, advogarem em causa própria e a falta de pulso da FUNCEB aceita essa bandalheira, exclusivamente para atender o CLIENTELISMO PARTIDÁRIO.

E não foi por falta de reivindicação junto a Luciana Vasconcelos, diretora de Equipamentos Culturais, da FUNCB, representou Hirton Fernandez, na reunião, em Vitória da Conquista (Hirton Fernandez marcou a reunião e não compareceu). Avanilton Carneiro já desconfiava, pois enfrentou batalha parecida entre 1989 e 1994, e sabia que o processo estava errado. Todos os artistas do Sudoeste Baiano o apoiaram quando ele fez as reivindicações e todos ficaram esperando o atendimento acontecer, mas o resultado saiu sem que representantes do interior fossem indicados para agregarem a “Comissão Julgadora” e contrabalançar a força da capital e seus minguados aliados.

Grupo Avante Época-Teatro vai ao MP pedir a anulação do resultado

Mas a grande questão recai sobre o desrespeito a Lei 8666. Se for um edital, logo é uma licitação. Se for licitação tem que atender os artigos da Lei 8666: quem tinha que julgar não seria um técnico da FUNCB e nem dois indicados pela “classe”, mas a Comissão Permanente de Licitação da FUNCEB. Ou será que não tem? Tem sim. Pelo menos email tem. Olha ele aí: copel@funceb.ba.gov.br Mas data para escolher essa Comissão Permanente de Licitação tem. É lei. Todos os órgãos do Estado têm que ter a sua própria CPL. Todos os órgãos estaduais recebem, na data certa, aquela folha padrão para indicarem os respectivos membros e suplentes da bendita Comissão Permanente de Licitação. E ela só tem valor quando publicada no Diário Oficial. A FUNCEB tinha a verba para contratar tais serviços, lança o edital, recebe as propostas e as encaminham para a Comissão Permanente de Licitação, formada por funcionários públicos, sujeitos a processos administrativos se fizerem algo errado, se protegerem pessoas interessadas nas questões. (Quantos escândalos não têm sido divulgados na imprensa por causa disso?) E a FUNCEB fez totalmente errado: dispensou sua CPL (Se aparece no organograma: É QUE TEM) e acatou julgadores, não funcionários públicos, indicados por entidades que seus filiados estavam concorrendo direta e indiretamente. Isso só acontece na Bahia, no governo de Jaques Wagner. É imoral. É ilegal. Como que a Cooperativa Baiana de Teatro tem seus filiados concorrendo e ela própria indica um dos jurados? Está lá, no resultado do Prêmio Carlos Petrovich de Teatro, o resultado da indicação do SATED, FBTA e Cooperativa Baiana de Teatro em ter representantes seus nessa tal “Comissão Julgadora”: Advogaram em causa própria. Uma vergonha dessas, os tabaréus do interior não aceitam.
De acordo o edital abaixo mostra que a Diretora Geral, Gisele M. Nussbaumer, foi quem desconsiderou a Comissão Permanente de Licitação. Designou, através da portaria interna nº 03/07, a Comissão de Seleção para advogar em causa própria das partes interessadas. Desde quando uma Portaria Interna tem poder sobre uma portaria publicada no Diário oficial? Desde quando uma Portaria Interna tem o poder de neutralizar a Comissão Permanente de Licitação sob publicação no Diário Oficial? A Comissão Permanente de Licitação, legalmente escolhida e publicada no DO é soberana de acordo a Lei 8666 justamente para não favorecer as partes interessadas como aconteceu com a Comissão Selecionadora que teve membros indicados pelas partes concorrentes.

Desde quando uma Comissão Selecionadora pode ser indicada pelas partes concorrentes? Como que quem tem interesse em ganhar os prêmios tem a regalia de indicar seus próprios julgadores? Prova que o laço partidário é forte porque desconsiderou a própria Comissão Permanente de Licitação. Se não tiver laço partidário (Que eu duvido) é caso de polícia porque as entidades interessadas usaram da pressão para fazer a covarde FUNCEB refém a ponto de desconsiderar a sua Comissão Permanente de Licitação em função da Comissão Selecionadora indicada pelas partes concorrentes.

EDITAL Nº 03/2007

A Diretora Geral da Fundação Cultural do Estado da Bahia, no uso de suas atribuições, referendando as considerações da Comissão de Seleção designada pela Portaria Interna nº 03/07, apresenta o seguinte resultado do Edital nº 03/07 – Prêmio Carlos Petrovich - Teatro.
Projetos Selecionados:

Luís Sérgio Ramos - Revitalizarte; Cooperativa Baiana de Teatro/Ziriguidum Borogodó - Oficina de Teatro de Animação; Marie Rouse Thauront - Curso de maquiagem para montagem cênica; Cooperativa Baiana de Teatro/Gente de Fora Vem - Navalha na Carne; Jussilene Santana - Memória do Teatro na Bahia; Mutirão de Teatro-Jequié - Deus e o Diabo na Terra do Sol; Antônio Carlos dos Santos Gonçalves - Revista Cultural Mundo Negro-Registro e Memória da Bahia; Cooperativa Baiana de Teatro/Rebanho de Atores - Os Ovos de Militão; Iriane de Santana - IV FITA-Fórum Intermunicipal de Teatro Amador.
GISELE MARCHIORI NUSSBAUMER
Diretora Geral

Resultado dessa “Comissão Selecionadora”:
a) Não publicou nem a quantidade de projetos recebidos e nem os nomes dos proponentes com seus respectivos projetos;
b) Não publicou os que foram desclassificados e quais os motivos das desclassificações;
c) Não publicou a lista dos que estavam aptos a concorrerem.
d) Não publicou a relação dos projetos que postaram após o dia 03 de agosto, fato que vai gerar ações na Justiça, porque muitos proponentes postaram no dia 03 após às 11h:00 em agências dos correios fraqueadas e estas têm a política errada de todas correspondências postadas após o referido horário serem postadas como do dia 04 mesmo sendo postadas no dia 03. Isso porque os malotes dessas agências fecham e são encaminhados às agências centrais. A prova seria o motivo da desclassificação publicada no DO, mas a Comissão Selecionadora não soube respeita os procedimentos exigidos pela Lei 8666.
Na próxima terça-feira, o Grupo Avante Época-Teatro vai protocolar uma representação junto ao Ministério Público contra esse escandaloso procedimento e pedir punições para os envolvidos.
Próxima matéria: Será que tem laranja assinando por entidade da classe teatral?

sábado, 18 de agosto de 2007

Sai o resultado do Prêmio Carlos Petrovich de teatro

O discurso é velho e conhecido, da época em que Waldir Pires foi governador: Parecer ser um processo democrático, mas as cartas já estão na manga. Foi assim com a indicação do Diretor do Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima, Vitória da Conquista, não poderia ser diferente com o resultado do Prêmio Carlos Petrovich de Teatro.

Na indicação do diretor do Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima todo mundo sabia que a função estava nas mãos do Vereador Adão Albuquerque ou de Edgar Mão Branca, Deputado Federal que retirou seu nome da lista para instalar a CPI do Apagão Aéreo. Desgastou-se porque os deputados comprometidos com a verdade a instalaram. Porém, Hirton Fernandes, um dos grandes diretores da FUNCEB, resolveu brincar de democracia. Gastou uma tremenda verba pública. Só de passagens de avião daria para patrocinar alguns eventos culturais, sem contar os hotéis luxuosos e os gastos com os assistentes que vieram. E Vitória da Conquista não é uma cidade turística, mas pelas diárias vale à pena brincar de democracia. Ser demagogo. Todo o Sudoeste Baiano sabia que se Gedel assumisse o ministério onde seu antecessor estava sendo expulso, pela a imprensa, porque se dependesse de Lula o cara estaria até hoje recebendo envelopes oriundos de esquemas de corrupções. Hirton Fernandes fez muitos artistas inocentes politicamente acreditarem que o processo de escolha seria realmente democrático.
Quando Esaú Mendes, ex-diretor do Centro de Cultura, me convidou para participar da entrevista eu disse logo que era ator, não palhaço para participar de picadelo. A essa altura, Edgar Mão Branca já estava suplente. Adão perdeu força, mas o seu indicado participou da entrevista (Quanta ingenuidade política partidária). Paulo Macena se recusou. Ele é empresário artístico. Não ia participar de circo. Sabia que era ele a carta marcada de Edgar Mão Branca, porém não analisou que acabava de prejudicar o próprio grupo político dele. Desmoralizou todo mundo. Devia pelo menos aceitar o jogo da falsa escolha democrática. Por isso que demorou de ser nomeado até Edgar Mão Branca bater a mão na mesa de Jaques Wagner. Ou será que entrou no pacote para ele retirar o nome da lista que instalaria a CPI do Apagão Aéreo? Será que a nomeação de Paulo Macena custou à retirada do nome de Edgar Mão Branca da lista para instalar a CPI do Apagão Aéreo? Que Edgar Mão Branca traiu o PV todo o país soube. Fernando Gabeira quem bem sabe. Pra que aquele circo se todos sabiam que era Paulo Macena que seria o diretor? E não deu outra. Os gastos com a tal entrevista poderiam ter sido economizados, patrocinados algumas peças de teatro. E, como não bastassem às falsas promessas de Jaques Wagner de salários dignos para a classe docente e que todos os dirigentes de órgãos educacionais e culturais seriam através do voto, eleição direta, para acabar com as indicações apadrinhadas de incompetentes por políticos com mandatos, como era no finado governo, o discurso eleitoreiro de Jaques Wagner mais uma vez desceu pela a descarga.


Quem é Mr. Petrovich?


A mesma questão deu-se com o Prêmio Carlos Petrovich de Teatro. Quando o edital foi lançado, em uma das reuniões do Grupo Avante Época-Teatro, eu chamei o pessoal para apostar que ia dar: Federação Baiana de Teatro (Um de seus últimos congressos nem aconteceu por falta de quórum. Quem viajou perdeu tempo), Cooperativa Baiana de Teatro e Sated. Perguntaram-me o por quê. Porque eu já fui militante dos companheiros e participava dessas negociações e sabia como funcionava o esquema. Errei? Não! Acertei na mosca. Principalmente, pela a rapidez em que saiu o resultado. Até dar para desconfiar que as cartas estivessem na manga. Ou não?
Sabendo disso, quando a FUNCEB esteve aqui para ensinar a elaborar o projeto (Hoje: workshop) (Outro circo armado, pois a própria palestrante disse que ela não podia participar porque era funcionária pública, mas seus projetos sempre eram encaminhados por outro proponente. De viva a voz para todo mundo ouvir, porque a platéia estava cheia de funcionários públicos que se sentiam indignados por não participarem. Porém, eles não participaram da luta que eu participei há anos para barrar os funcionários públicos porque os editais, no governo passado, só eram vencidos por membros do governo.) eu reivindiquei outras pessoas na comissão que iria escolher os projetos que não fossem apenas o técnico do Governo Jaques Wagner e os dois indicados pelas classes “organizadas”, ou seja, companheiros de militância partidária. Pedi ainda que para maior segurança, deveria encaminhar o projeto para uma comissão neutra de outro estado. Longe da pressão militante dos companheiros da Cooperativa Baiana de Teatro, SATED e FBTA. Ninguém quis ouvi a minha voz porque o compromisso já havia firmado há muito tempo. E eu sabia o que vinha pela frente.



O Teatro do Interior pode se sentir traído pelo o Governo Jaques Wagner



Se no Governo passado se colocava o dispositivo: “DRT” para travar a participação de 416 dos 417 municípios baianos, pois só alguns grupos e atores da capital tinham DRT. Um ou outro artista do interior a possuía. Assim mesmo aquele que imigrava para Salvador ou esteve por lá, não deu certo e voltava para a sua terra natal. Sem contar uns gatos pingados que acabavam aceitando o jogo do SATED e pagava a alta taxa mensal (Política super errada para o interior) imposta pelo o sindicato só para conquistar o direito de, na pura da inocência, concorrer aos editais. DRT, no interior, acabou virando o crachá da Globo, de Bozó (personagem de Chico Anísio)
Se os artistas reclamavam que os editais ficavam sempre para 10 ou 12 grupos de Salvador (Uma ou outra entidade do interior acabou ganhando no porte pequeno. Assim mesmo era denunciada por pertencer a esse ou aquele deputado.), agora o jogo fica mais bruto ainda. O resultado do prêmio Carlos Petrovich de Teatro pinta o cenário. Vão ser apenas três: Cooperativa Baiana de Teatro, SATED e FBTA. Não venham querer justificar que é para organizar a classe, porque classe trabalhadora não se organiza com verba pública, impostos da gente destinados ao fomento da cultura. Se a Cooperativa, SATED e FBTA querem se organizar que procurem as verbas específicas do Ministério do Trabalho, CUT, Força Sindical etc. e os partidos que seus respectivos presidentes são engajados. Não bastam? Não entendo como que o artista do interior sequer conhece a prestação de contas dessas entidades, como elas gastam suas verbas, e é travado por elas, impedido de crescer por causa delas?
Mas uma vez, Salvador. Apenas um município baiano prejudica quase 416 municípios. É aquele velho encaminhamento meu, que consegui ser ouvido na época de Virgílio, mesmo que por pouco tempo: Os editais devem ser regionalizados. Não essa divisão caótica que fizeram com os municípios, a qual Gildécio Filicio é presidente. Dividiram a Bahia em 22 regiões. Pra que isso? Só para gastar a verba pública da cultura com mordomia desses delegados nos encontros que sequer conseguem acabar os documentos. Só o que gastaram, em Vitória da Conquista, em apenas um dia, com almoço, gasolina, passagens, lanches, diárias etc. etc e etc. Daria para patrocinar quantas peças? Seria dividir a Bahia culturalmente em quatro regiões: Norte, Sul, Leste e Oeste. Assim a verba pública sustentaria menos militantes partidários. E quatro comissões julgadoras. Uma de cada região, com membros da própria região indicados pelos os artistas das cidades. A cooperativa, SATED e FBTA que se virassem lá por Salvador área restrita de atuação deles.
Se o Governador Jaques Wagner aceita esse jogo, ele está se colocando contra o teatro do interior. O ator do interior fique de olho aberto: Jaques Wagner está contra nós. Não adiantam representantes da FUNCEB, companheiros de militância dessas três entidades, se justificarem que estão contribuindo para organizarem a classe. Há trinta e dois anos que milito no Teatro do Interior Baiano. Só no Grupo Avante Época-Teatro estou completando 30 anos de luta pelo o teatro do interior. Nunca vi essas três entidades se organizarem a ponto de cobrirem a Bahia toda. Ficam apenas em Salvador. Assim mesmo capengando. Verdadeiras sanguessugas do teatro do interior. Tiram nossas oportunidades de cresceremos. Só se organizam para arrancarem os nossos direitos, as nossas verbas. Agora, já vi muito dirigente oportunista, ator de uma peça. E olhe lá. Se apoderar dessas entidades para surrupiarem nossas verbas. Usufruírem de mordomias as nossas custas. O que se arrecadam no interior e vai para o Governo não retorna. Fica por lá. Elas travam com DRT ou com acordos, pressão em benefício próprio. Acham que à Bahia é tão somente Salvador. E erradamente a FUNCEB diz que eles estão organizados. Como que a minoria pode prevalecer sobre a maioria? Eles são apenas CLIENTES PARTIDÁRIOS. Atuam apenas em Salvador. Como que apenas Salvador pode travar 416 municípios? Chega. Se contar o mutante de atores e grupos de teatro do interior é esmagadoramente maior do que esses poucos que estão filiados nessas três entidades. Podem até apresentar um bom número de cadastros. Mas, por que os encontros, reuniões têm fracassado por falta de quórum? Porque são cadastro de vinte, quinze, dez anos atrás. De pessoas que nem fazem mais teatro. Quantos votos essas três entidades podem dar e quantos os grupos de teatro e atores dos 416 municípios baianos podem dar? Então, não façam entrevistas para escolher um diretor em que a carta já está marcada, não façam editais com destinos predestinados.



E Carlos Petrovich?



Achei de grande importância a valorização de uma pessoa que lutou pelo o Teatro da Bahia (Salvador). Porém, numa reunião para os atores dos dois cursos que, voluntariamente, mantenho, através do Grupo Avante Época-Teatro, nenhum deles soube dizer quem era Carlos Petrovich. Peguei o folheto do edital, mostrei a foto e disse: “Sei apenas que fez teatro em Salvador. Assiti uma peça com ele. Só isso. Não sei se está vivo. Qual o seu destino?” Deveriam ter colocado uma síntese biográfica dele pelo menos no espaço em branco que ficou na contracapa do livreto edital.



EDITAL Nº003/2007 PRÊMIO CARLOS PETROVICH - TEATRO



Projetos selecionados:



Revitalizarte (Luis Sérgio Ramos) – Itororó/BA
Oficina de Teatro de Animação (Cooperativa Baiana de Teatro/Ziriguidum Borogodó) – Salvador/BA
Curso de Maquiagem para Montagem Cênica (Marie Rouse Thauront) – Salvador/BA
Navalha na Carne (Cooperativa Baiana de Teatro /Gente de Fora Vem) – Salvador/BA
Memória do Teatro na Bahia (Jussilene Santana) – Salvador/BA
Deus e o Diabo na Terra do Sol (Mutirão de Teatro) – Jequié/BA
Registro e Memória da Bahia -Revista Cultural Mundo Negro (Antônio Carlos dos Santos Gonçalves) Itabuna/BA
Os Ovos de Militão (Cooperativa Baiana de Teatro/ Rebanho de Atores) - Salvador/BA
IV FITA - Fórum Intermunicipal de Teatro Amador (Iriane de Santana) (FBTA)* - Camaçari/BA

Havendo desistência ou impossibilidade de realização de um ou mais projetos classificados, serão convocados os suplentes, obedecendo a seguinte ordem:

1- Auto da Gamela (Roberto de Abreu)
2- Solos da Bahia (Cooperativa Baiana de Teatro/ Sirius)
3- O Elo - Anima e Animus (Rubenval Lopes de Menezes)
4- Branca (Carranca Produções Artísticas)
5- MPB – Mulher Popular Brasileira (Iara de Carvalho Villaça)
6- Sorridente (Gilberto Santana de Novaes)

* Informação nossa. Não entendi o porquê da FUNCEB aprovar um projeto de uma Pessoa Jurídica sem informar o nome da entdiade: FBTA? Por que informou apenas a Pessoa Física, Iriane de Santana? Será que a FBTA está irregular? Quem pode explicar para a classe teatral?

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Espetáculo "O amor venceu" comemora aniversário em Vitória da Conquista

(Gelson Tsonis)
(Leny fantini e Gelson Tsonis)
(Paulo Peres)
(Valdir Ramos)

O espetáculo 'O amor venceu', com texto de Zíbia Gasparetto, está comemorando, nesse mês de agosto, 12 anos em cartaz e, para compor o elenco durante a temporada no Nordeste, que inclui uma apresentação em Vitória da Conquista, no dia 26 de agosto, às 19h:00, no Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima, o grupo convidou para atuar na peça duas personalidades no mundo artístico. Uma delas é o cantor e ator Markinhos Moura, que ficou muito conhecido na década de 80 quando emplacou no 'Cassino do Chacrinha' a música 'Meu mel'.
A outra novidade na peça é o cineasta e presidente do Colegiado Nacional de Diretores de Cinema, Teatro, TV e Eventos (Conad), Clery Cunha, diretor do clássico 'Joelma 23º andar', com Beth Goulart.
"Estamos muito felizes em poder comemorar esse aniversário com o público da Bahia, com um elenco maravilhoso e ainda poder contar com esses dois ilustres convidados", disse uma das atrizes veteranas do grupo, Lucienne Cunha.
Outro que está em ritmo acelerado com os ensaios do espetáculo 'O amor venceu' é o ator Alexandre Carlomagno, que volta ao teatro depois de participar da novela 'Cristal' no SBT. A peça, que há mais de 12 anos vem comovendo o público, é encenada pelo grupo teatral Rama-Krya da Cooperativa Paulista de Teatro.
Em seu 12º ano de exibição, o espetáculo traz uma história de amor baseada em fatos reais. Aborda questões como compreensão do passado e levantamento de registros de povos e civilizações. O trabalho tem por objetivo contribuir para a atual necessidade de divulgar essas leis básicas que regem a vida terrena, segundo a opinião de Zíbia Gasparetto.
O romance dá-se no Egito Antigo, em 1200 a.C., onde os personagens, ora senhores, ora escravos, encontram-se entre prazeres e dificuldades da vida, tentando resgatar sua verdadeira existência.


Histórico



O espetáculo 'O amor venceu' estreou em 1995, já foi encenado em mais de 150 cidades brasileiras e visto por mais de 500 mil pessoas, acumulando elogios de público e crítica. A adaptação do texto é de Renato Modesto (Prêmio SESI de Dramaturgia de 1994), fiel à história traduzida. A direção está sob a responsabilidade de Dirceu Capuchinqui, assistido por Roberto Rocco, que utiliza todos os recursos adquiridos durante a sua formação teatral. Dirceu é bacharel em Direção Teatral pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP).
No elenco, 11 atores e quatro técnicos que trabalham para transmitir aos espectadores mensagens de amor, fé e esperança. Belo Horizonte, Campo Grande, Brasília, Goiânia, Vitória, Florianópolis, Porto Alegre, Curitiba e Maceió são algumas das capitais por onde o espetáculo já passou. E agora chega a Vitória da Conquista com a produção local da Elementais Produções e Varanda Produções .
Os ingressos para o espetáculo já estão à venda nos seguintes locais : Livraria Letras e Prosa , Livrarias Nobel ( Rua Siqueira Campos e Shopping Conquista Sul) Livraria Paulo de Tarso, Casa da Cultura ( no Centro de Cultura e Pç. Sá Barreto) , a R$ 15,00 para estudante , R$ 15,00 + 1 kg de alimento na compra antecipada, e no dia do espetáculo R$ 30,00 .
Mais informações pelos telefones: 9121 - 8444 falar com Mércia e 8811-5317 falar com Eleusa .

Sheila Pessoa




Lamentos






Foges como a brisa da noite

Esconde-se no tormento da minha agonia

Levas-me a loucura quando me vejo coberta (o) de desejos

Porque teu semblante me causa tamanha apreensão

Sou uma causa sem justificativas quando estou ao seu lado

Pareço-me outra pessoa

O que seria amar para os que amam?

Torna-se uma outra alma!

Porque mudei tanto ao longo deste amor?

Mas não me tornei uma farsa

Sinto-me diferente em todos os sentidos

Mas nada que mude o que sou realmente

Minha essência continua a mesma, mas com um toque de mudança.

O amor é mesmo um mistério.

Para os que amam ele é um labirinto sem fim

E eu uma eterna (o) amante deste sentimento

Pois encontrei em teu amor as respostas para a minha felicidade

Não se afaste de quem tanto lhe ama

Eu sei que posso e quero lhe fazer feliz pra sempre.



Sheila Pessoa

21/07/07




Essa tal de saudade!




Saudade que dói profundamente quando quer...

Quando é persistente consome por dentro

É uma dor incomum

Não há ferimentos

Mas doe com uma força surpreendente

Uma dor aguda e profunda no coração

A saudade invadir a alma ferindo-a

É tão estranha essa tal de saudade

Basta um reencontro

Uma lembrança viva

Uma palavra amena

Um sorriso dado

Um abraço apertado

E basta para que ela desapareça aos poucos

Saudade que é teimosa quando quer ser

Mas às vezes uma grande ajudante

Ah...Saudade que proporciona um reencontro mais intenso

Uma felicidade indescritível quando ela se vai completamente

Assim é essa tal de saudade!



Autora: Sheila Pessoa

Ano: 2007

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Projeto Arte Viva

PROJETO ARTE VIVA



A arte é o meio mais eficaz de mostrar a alma do ser humano, é poder emanar alegria e beleza estética, é valorizar o que temos de melhor dentro da gente. Pensando nessa beleza estética, a Promoter Tania Ribas lança o Projeto ARTE VIVA que consiste em colocar num mesmo ambiente todas as artes possíveis, fazendo assim a integração delas.

A proposta é lançar novos talentos e abrir portas para artistas que já estão no mercado há um bom tempo. Artistas como atores, pintores, escritores, dançarinos, poetas, cantores, etc, terão um espaço para lançar e divulgar um trabalho para o público e empresário. Esses artistas terão um espaço para mostrar suas criações e, o mais importante, poder juntar essas artes no mesmo local e no mesmo dia.

O projeto terá início como o Grupo de Teatro “NO PALCO” (formado pelos atores: Consa Ferreira, Lika Ferraro, Lucas Bertolucci e Moisés Lima que iniciaram suas carreiras profissionais no início da década de 90 no CURSO LIVRE DE TEATRO DA UFBA) que durante um mês estarão mostrando trechos do seu novo trabalho “VOZES DO SILÊNCIO”, um texto construído por eles mesmo, onde através de um grupo de estudo pesquisaram a complexidade e o lado escondido que existem em todos os Homens, seus medos e inquietações. Deixando aflorar seus desejos secretos, angústias, culpas, etc, trabalhando seus mitos e utilizando-se, exclusivamente, do fator psicológico das personagens. Outro artista convidado é o Escritor e Ator Lucas Bertolucci que mostrará para o público de forma dramática trechos da sua obra literária “SE EU FOSSE EU”.

O Projeto acontecerá todas as quartas-feiras a partir de agosto de 2007 no RPM PILSEN BAR, localizado no Jardim Baiano. A grande importância desse projeto é valorizar a arte local e divulgar seus grandes artistas. Faça parte desse projeto e seja um grande apoiador da cultura local.

Entre em contato com a Promoter Tania Ribas e coloque seu trabalho nesse projeto.
Contatos: (71) 3492-4193 / 9998-1457 - E-mail: taniaribaspromoter@globo.com

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Lemos suas sionopses...

(A Cia de Teatro na Laje Piedade ensaia e apresenta numa laje. CIA valente! CIA de garra! Mesmo de baixo de chuva, com ela o espetáculo não para... CIA valente! CIA de garra! Com ela o espatáculo não pode parar... com ela, o espetáculo não para).

("Pietrolino e o amor de Mariolina". O primeiro grande sucesso da Cia de Teatro na Ljae Piedade. Em breve, estarão estreando "Os munguengos". Na foto, da esquerda para a direita: Carlos Alexandre (Seu Pitombo) Aildo Belo (Pietrolino) Fernanda Reis (Jacirolina) Ricardo Belo (Capitão Bonerges))

Como diria nosso professor: "Grandes autores brasilerios, não são meras lendas, são preciosidades reais, a espera de quem os descubram."Só de ler suas sinopses, dá vontade de ler seu textos, que demonstram um repertório de técnicas e temáticas teatrais, inseridos neles... Percebe-se claramente a: didática; dialética; política; os aspectos psicológicos das personagens etc... Todas evidenciando um certo interesse do autor, em formar um novo público... Um público que assuma seu papel imprescindível nos espetáculos teatrais... Um público que interaja com o que se vê nos palcos, e... Parabéns querido! Ficaremos daqui torcendo pelo teu sucesso, sempre! Grande abraço, e fica com Deus

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Diretor de Teatro atende clientela partidária e frustra comemorações dos 35 anos do Grupo Avante Época-Teatro

("O Sino dos Oprimidos", de Avanilton Carneiro. Que sinos dobrarão pela a humilhação sofrida na véspera de completar 35 anos de existência?)

Teatro Municipal Carlos Jehovah, Vitória da Conquista, Bahia, atende clientela partidária e frustra comemoração dos 35 anos do Grupo Avante Época-Teatro. Convidados e atores, que iam fazer o teste para a peça: “Parados no Trampolim”, de Avanilton Carneiro, com pauta reservada, são barrados na porta. Funcionários da Prefeitura e coligados do prefeito José Raimundo, sem reserva de pauta, ficam ensaiando. Retrato da arbitrária administração petista.


O Aniversariante



O Grupo Avante Época-Teatro completa nessa sexta-feira, 03 de agosto de 2007, 35 anos de existência. Depois de tantos anos de lutar pelo o engrandecimento teatral do Interior Baiano não esperava passar tamanha vergonha na porta do teatro que fundou e leva o nome de um dos seus fundadores. É inquestionável a importância cultural da entidade para a cidade. O GAE-T, como é conhecido, fundou a Casa da Cultura e a ACCORDE. Além do Teatro Municipal Carlos Jehovah ser uma homenagem a um dos seus fundadores, o Teatro Wanderley Menezes, anexo ao Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima, também é em homenagem ao principal fundador do Grupo Avante Época-Teatro.
São dezenas de peças longas montadas, centenas de peças curtas para encerramento de cursos. Venceu seis vezes os editais da Fundação Cultura da Bahia, foi o único Grupo do Interior a participar do projeto Nacional “Campanha da Kombi”. Em 1975, venceu o I Festival de Teatro da Bahia, promovido pelo o INACEN, com a peça “Transe”, de Ronald Radd, com Geldeni Gurcindo recebendo o prêmio de melhor ator. Em 1979, Avanilton Carneiro ganhou o prêmio de Melhor Ator, no III Festival Nordestino de Teatro, em Feira de Santana; Em 1982, no II Festival de Teatro da Bahia, em Salvador, Célia Santos ganhou o prêmio de Melhor Atriz, Avanilton Carneiro, Hors Concour de Melhor Ator, Mauronildo Rocha, Melhor Ator, Jeane Lopes, Melhor Atriz. Estes dois últimos, na modalidade Teatro Infantil. Em 1989, durante a I Mostra Regional de Teatro, em Vitória da Conquista, ganhou os prêmios, com a peça: “A Beata Maria do Egito”, de Rachel Queiróz, Melhor Ator (Avanilton Carneiro), Melhor Atriz (Célia Santos), Melhor Cenário (Edmilson Santana). Nada disso valeu para o diretor do Teatro Municipal Carlos Jehovah, Juarez. Ele preferiu atender aos partidários do prefeito e funcionários da prefeitura que solicitaram o espaço, oralmente, na quarta-feira, 1º de agosto, sendo que o Grupo Avante Época-Teatro já havia assinado o pedido de pauta há quase um mês.


O Impasse


Desde o primeiro contato já foi de impasse. Quando Avanilton Carneiro, diretor do Grupo Avante Época-Teatro, procurou a direção do Teatro, era 15:35, não havia ninguém para atender. Bateu nas portas interna e externa. Não foi atendido. Olhou por uma fresta e viu que estava tudo quieto e as luzes apagadas. Como o Carlos Jehovah é anexo ao Mercado de Artesanato, foi à direção deste procurar por informações sobre atendimento, pois um cartaz especificava que se atendia até às 18h:00. Foi informado de que era para o casal de funcionários está atendendo. Voltou. Pela porta externa, deparou com o casal, do lado de dentro, abrindo a porta. Foi atendido. Porém, Juarez queria cobrar R$ 30,00 por cada dia. Houve divergência, onde Avanilton Carneiro argumentou que a Prefeitura não fomentava o teatro e ainda queria cobrar das entidades quando na realidade ela que deveria investir para o crescimento do teatro local. Depois de muitas divergências, o Sr. Juarez resolveu liberar o valor. Houve a solicitação de pauta de 31/07 a 03/08/2007. O objetivo era ensaiar os atores inscritos no teste para a peça: “Parados no Trampolim” e um ensaio coletivo da peça: “Colégio Kadija”, de Avanilton Carneiro, com as duas turmas dos cursos de teatro que o GAE-T vem mantendo no Centro de Cultura e UESB. O diretor do teatro ficou de avisar assim que o contrato de cessão de pauta estivesse pronto.
Na última segunda-feira, 30/07, a outra funcionária, Dida (ou Dinda) ligou para Avanilton Carneiro confirmando a pauta, onde este questionou a falta do contrato e alertou que só iria utilizar o Teatro na quinta-feira, 02/08, para uma aula e ensaios, e sexta-feira, 03 de agosto de 2007, dia do aniversário do Grupo, onde iria comemorar com uma interação entre as duas turmas, apresentação de um esquete por Patrícia Chaves e as apresentações dos trechos para o teste da peça: “Parados no Trampolim”, além de ensaios de algumas cenas da peça “Colégio Kadija”. Ficou tudo definido. Avanilton Carneiro concluiu: “Qualquer coisa eu passo aí, na quarta-feira, ou lhe ligo”. Todo mundo sabe que o “qualquer coisa” significa se algo der errado ou se houver alguma mudança. Como nada mudou, não foi necessário nem a presença e nem o telefonema.
Como, anteriormente, o Grupo Avante Época-Teatro já passou por alguns transtornos, tais: marcar uma apresentação e não aparecer ninguém para abrir o teatro. Público e elenco desistiram e foram embora. Está ensaiando e o vigilante ir embora e deixar o elenco preso dentro do teatro. Ele resolveu ligar, na quinta-feira, para alertar de que iria com o elenco, onde a direção deveria providenciar alguém para recebê-los. Foi quando ficou sabendo que o pedido de pauta que havia assinado não valia mais nada por ele não ter telefonado ou ido ao teatro confirmar algo que ele já havia confirmado por telefone e a pauta estava assinada. A pauta, agora, estava cedida a um coral formado por funcionários da Prefeitura e amigos do prefeito José Raimundo, das 18h:00 às 19h:30. Se o Grupo quisesse teria que ficar esperando. Quando remarcou à hora foi justamente porque o elenco, individualmente, havia marcado outros compromissos. Mesmo porque se prevalecesse o horário da pauta: 20h:00, em qualquer lugar do mundo, seria cedido pelo menos a tarde para o elenco passar som, iluminação, noção de espaço cênico. Pois se tratava de testes para uma peça teatral. Não houve argumentos. A diretora do coral, solicitou a pauta, oralmente, na noite anterior. Isso porque surgiu uma apresentação de última hora. O diretor do teatro não iria deixar de atender uma pessoa ligada à administração do prefeito para atender Avanilton Carneiro, um adversário partidário do prefeito. Não levou em conta a entidade teatral, apartidária, mas o ser Avanilton Carneiro partidário. E o teatro foi para quem apóia o PT, para quem comunga com o prefeito. Jogou pelo o ralo 35 anos de história do Teatro Conquistense. Sem contar que, nesse dia 03, Avanilton Carneiro comemoraria 30 anos como participante do Grupo Avante Época-Teatro. Nada melhor do que comemorar fazendo o teste a escolher elenco para uma de suas peças, apresentar cenas de outro texto seu e fazer uma interação do elenco com exercícios de sua autoria os quais farão parte do livro; “Oratória do Ator” a ser lançado em breve. O dever da direção do Teatro seria procurar reconfirmar mais uma vez tão logo a diretora do coral o solicitasse e não ser arbitrário, dono do poder. “Quem manda somos nós mesmos. Quem está no poder somos nós mesmos. Quem vai ficar no prejuízo é um adversário nosso mesmo”. Então? Pra que consultá-lo mais uma vez até por respeito a um ser humano?
O elenco do Grupo Avante Época-Teatro botou o “rabinho” entre as pernas, baixou a cabeça e bateu em retirada. Brigar com o poder? Por quê? Se eles têm o Município, o Estado, o País? Vai adiantar o quê? Ir para a imprensa? Resolve o quê? Se já são tão sem-vergonhas a ponto de não se importarem com tantos escândalos de corrupções. Imaginem se vão ligar se um Grupo de Teatro fala que foi desrespeitado? “Que é isso, companheiros? A direção do teatro tinha que atender a nossa gente mesmo. Bota uma medalha no peito do diretor do teatro”. Diga-se de passagem, que o Sr. Juarez é diretor do teatro sem nunca na história do Teatro Conquistense ter se envolvido no movimento teatral.
Conseguiram frustrar para sempre as comemorações dos 35 anos do Grupo Avante Época-Teatro. Vale salientar que a entidade surgiu numa sala de aula, no Instituto de Educação Euclides Dantas, com o nome de Grupo Avante Estudantil. Montou o espetáculo “Auto da Compadecida”. Foi um momento marcante. Ao findar o ano letivo, todos os seus participantes eram do terceiro ano. Fora da escola, não tinham mais o porquê manter o nome “Estudantil”. Então, procuraram uma palavra para substituí-lo. Optaram pelo o termo “Época” para marcar aquela época teatral gloriosa que tiveram quando estudantes. Ficou Grupo Avante Época. Só mais tarde que Avanilton Carneiro acrescentou a palavra “Teatro”.


Como o Teatro Surgiu?


Entre 1979 e 1981, Avanilton Carneiro morou em Salvador, onde montou algumas peças. Mas constantemente, ele vinha a sua cidade natal promover uma oficina para os participantes da entidade. Era um multiplicador do que aprendia na capital baiana. Porém, percebia que a falta de um líder como ele estava enfraquecendo a entidade. E fez uma opção inesperada. Voltou para levantar o Grupo. Ao retornar, encontrou o antigo Mercadão em obras. Estava sendo transformado em um Mercado de Artesanato e, anexo, iriam construir um salão para os artesãos exporem suas mercadorias e o público visitá-lo sempre que algum artesão de fora viesse expor na Terra do Frio. Avanilton Carneiro argumentou com a então Secretária Municipal de Educação e Cultura, Maria Célia Ferraz, que no lugar de criar uma vitrine para expor obras de artesanato, já que estava inaugurando um Mercado de Artesanato, transformaria o lugar num Teatro de Arena. Idéia aceita. A única divergência foi que o objetivo seria homenagear a entidade, que completava 10 anos, e não um dos seus membros. O GAE-T acabou inaugurando o teatro com a peça: “Quando as Máquinas Param”, de Plínio Marcos. No elenco: Avanilton Carneiro e Lia Jardim. Direção de Carlos Jehovah.


Avanilton Carneiro jamais imaginou que um dia iria ficar barrado na porta do teatro às vésperas de comemorar 30 anos como participante de um Grupo Avante Época-Teatro que comemora 35 anos, neste 03 de agosto de 2007: “Presente inesquecível da sua equipe, Sr. Prefeito José Raimundo. Parabéns pelo o apoio teatral à entidade nessa data tão significativa”.